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sábado, 11 de junho de 2016

DESEMPREGO CRESCE ENTRE OS MAIS NOVOS


   Os jovens estão sentindo mais o impacto da recessão no mercado de trabalho. Documento divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que a população brasileira mais afetada pelo desemprego hoje, é a de jovens entre 14 e 24 anos. Nessa faixa etária houve um aumento importante no número de desocupados: de 15,25% no 4º trimestre de 2015, passou para 26,36% no 1º trimestre de 2016. A pesquisa do Ibope revelou também que a taxa geral de desempregados no Brasil é de 10,90%. Há dois motivos que colocam os jovens nessa situação difícil. Quando há cortes, geralmente os mais inexperientes são os primeiros a serem demitidos. Outro fator que ajuda a elevar a estatística é que, em momentos de crise, os filhos acabam abandonando o estudo para buscar trabalho e ajudar no orçamento da família. O drama se repete no Paraná, onde a taxa de desemprego geral é de 8,1%, mas na faixa de 14 a 17 anos aumenta quatro vezes, chegando a 34,1%. Entre 18 e 24 anos, o índice é de 17,8%. Entre os brasileiros de 25 a 59 anos, o desemprego no primeiro trimestre foi de pouco mais de um ponto percentual em comparação com o quatro trimestre do ano passado. Entre os maiores de 59 anos, o aumento foi menos intenso, de 0,77% frente ao quarto trimestre de 2015. Utilizando dados da Pnad Contínua, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea coloca que a proporção de jovens ocupados vem caindo desde 2013. Os jovens com emprego chegaram a 44% no terceiro trimestre de 2012, mas o índice caiu para 37% no primeiro trimestre de 2016. O percentual de jovens que somente estudava subiu de 35% em 2012 até 38,2% no último trimestre de 2014. Com a crise, essa taxa recuou para 36,3% no início de 2016. O mais preocupante dessa nova realidade é que as consequências do alto desemprego entre os jovens podem ter reflexos durante várias décadas, correndo o risco de fazer surgir a chamada “geração perdida” – pessoas que poderão ficar em desvantagem profissional porque não encontram boas oportunidades assim que saíram da faculdade.(FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sábado, 11 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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