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sábado, 11 de junho de 2016

BRINQUEDOS ANTIGOS



   Muita gente deve se lembrar de alguns brinquedos que já não se usam mais, tais quais o pião, carrinho de rolimã, pipa ou papagaio, jogo de bola de meia e aquelas varetas com um arame na ponta onde se colocava uma tampa de margarina ou um aro de borracha e se empurrava pela calçada e bolinhas de gude e carrinho de madeira. 
   Hoje em dia, a gente vai numa loja de brinquedos e tem tanta variedade que a gente fica admirado de tal maneira, que dizemos que não se mais nada que inventar. Aí alguém inventa algo novo!
   Os brinquedos começaram a se transformar em artigos de coleção e o colecionismo se torna mais importante do que a própria brincadeira. Aliás, não se brinca mais, só se coleciona. Então, melhor dizendo, a brincadeira é o próprio colecionar. E as prateleiras do quarto da criança, por isso ficam cheias de coisas com as quais não se brinca.
   Quando o quarto fica entulhado desfaz-se dos brinquedos e começam as novas coleções. Um consumismo que move milhões. Não critico, apenas analiso. Cada um faz o que quer com o seu próprio dinheiro e educa o seu próprio filho como acha melhor. Mas é algo que faz a gente pensar. 
   Antigamente, a criança tinha o Natal como a data tão esperada para ganhar um brinquedo. Era uma alegria imensa receber um pacote de presente. Hoje, receber presentes, em geral, é uma coisa corriqueira, sem data certa para presentear. Vai-se a uma loja perto de casa e compra-se qualquer tipo de variedade que se fabrica no Brasil ou na China – que já tem dois maiores portos do mundo, tanto é o volume de exportações daquele país. De lá também vêm os videogames de última geração, computadores e celulares, que os adultos deixam na mão de crianças da mais tenra idade. As crianças já desbloqueiam o celular do pai e da mãe com a maior facilidade. 
   Os brinquedos antigos já não têm mais muita chance. Coisa de um passado recente e que demonstra a evolução das coisas. E esses brinquedos já vão fazendo com que as crianças as crianças se acostumem com a tecnologia e as necessidades de nosso dia a dia. Os brinquedos, então, já não são só brinquedos, mas instrumentos lúdicos para a preparação do ser humano para nossa era digital. Mas é bom lembrar dos tempos dos brinquedos antigos, em que não tínhamos tantas preocupações e as tardes pareciam mais tranquilas. (DAILTON MARTINS, leitor da FOLHA, página 2, espaço DEDO DE PROSA, sábado, 11 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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