NOVO TEMPO

   Esta será mais uma semana importante e decisiva para a história do País. Quarta-feira sessão no Senado Federal discute o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Se aprovado, a presidente estará afastada do cargo por 180 dias e seu vice Michel Temer (PMDB), passará a comandar o Brasil. Já articulando nomes para compor ministérios e buscando aliados, entre a população há dúvida sobre a legitimidade de seu governo e se ele será capaz de construir uma gestão de coalização, necessário para enfrentar esse período de turbulência e para executar as reformas de que o País necessita. 

   Se parte da sociedade já mostrou poder de articulação para reivindicar a queda de um partido que está no comando há 13 anos, é importante que isso não se perca. É fundamental que a opinião pública continue cobrando a execução de medidas – como o ajuste fiscal, a redução dos gastos públicos e as reformas – importantes para reverter esse cenário de crise na qual o País está mergulhado. Além disso, é preciso mudar o clima de pessimismo que paira sobre todos. Inflação em alta e desemprego afetam diariamente a vida da população.

   Por isso, se confirmada a saída da presidente, é fundamental que a sociedade cobre uma equipe ministerial técnica, se interesses exclusivamente partidários e longe de conchavos políticos. Todos devem ter em mente que a época de negociatas acabou. Cargos não podem mais negociados, é preciso reduzir os gastos públicos e promover o enxugamento da máquina, Há um excesso ministérios e funções comissionadas – estrutura pesada, principalmente em período de crise,

   As nomeações devem buscar pessoas que não estão envolvidas em escândalos de corrupção, É preciso restaurar a confiança dos brasileiros no governo, de que ele é o agente indutor do desenvolvimento econômico e social. O período de roubalheira, de conchavos e negociatas deve ficar para trás. O atual momento deve ser o início de uma nova história para o País. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, domingo 8 de maio de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).