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domingo, 1 de maio de 2016

DESTRUIÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS


   Nos últimos meses os fenômenos naturais provocaram várias destruições de obras públicas que afetaram seriamente a vida da população. Chuvas derrubaram pontes, um viaduto em construção na PR-445, em Londrina, já apresenta rachaduras, ondas do mar provocaram a queda de uma ciclovia no Rio de Janeiro, além dos estragos no asfalto de ruas e rodovias. Diante de fenômenos como esse, tem surgido questionamentos a respeito da qualidade de execução dessas obras. Afinal, a engenharia tem falhado?
   Um laudo técnico apresentado esta semana avaliou a qualidade a ponte construída sobre o Ribeirão Cafezal, na zona sul de Londrina. O documento afirma que não houve erro do engenheiro e da empresa responsáveis pela obra, que não poderiam prever a intensidade e a força da chuva que atingiu a cidade em janeiro. A construir uma obra, são considerados alguns critérios, definidos em norma, e um deles considera o histórico da ocorrência de fenômenos naturais. Nesse caso específico, não haveria como prever uma chuva com uma intensidade  tão forte.
   Mas, então, por que uma ponte antiga permanece intacta? Por que os padrões para construção mudaram? Então, não seria o momento de rever esses critérios? Se os das obras irá aumentar, como alegam especialistas consultados pela reportagem da FOLHA, também é preciso discutir. Construir uma obra, mais resistente e ainda que mais cara, não seria melhor do que erguer a mesma estrutura várias vezes? Esses estragos são imprevisíveis porque são provocados por fenômenos naturais, mas têm provocado sérios transtornos á população.
   É fato que o clima do planeta está mudando. As temperaturas estão mais altas e há uma intensidade maior de chuvas, ventos e ondas do mar. Dessa forma, é preciso acompanhar essas modificações e discutir a alteração dos padrões construtivos. Se não, continuaremos a assistir à destruição de obras e pessoas continuarão sendo afetadas. Além disso, há desperdício de dinheiro público. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, domingo. 1 de maio de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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