SITUAÇÃO COMPLKICADA

   A cada dia a situação da presidente Dilma Rousseff (PT) fica mais complicada. Mergulhada em uma das mais graves crises política e econômica da história do País, as investigações da Operação Lava Jato e seus desdobramentos têm escancarado todo o “modus operandi” do partido para manter o seu projeto de poder e, de quebra, dilapidar os cofres públicos. Ontem, parte do depoimento do senador Delcídio Amaral, colhido por meio de delação premiada, aponta que o ministro Aloízio Mercadante lhe ofereceu dinheiro e lobby para que não fechasse acordo com a Justiça. 

   Além disso, a Procuradoria-geral da União anunciou que vai avaliar se as referências feitas por Delcídio à presidente justificam um pedido de investigação da petista por tentativa de obstruir as investigações do esquema de corrupção da Petrobras. Segundo ele, a presidente usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros envolvidos na Lava Jato no Superior Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça. Além disso, já pesam sobre ela, denúncias de utilização de recursos ilícitos em sua campanha à reeleição.

   Enquanto isso, na tentativa de salvar o seu mandato, há o “fantasma” da volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto. A nomeação para um ministério é conveniente para os dois. Lula escaparia da investigação do juiz federal Sérgio Moro e, para Dilma, seria uma das últimas tentativas de melhorar a articulação política e evitar a debandada dos partidos aliados. No entanto, para o País as projeções não sou boas. Essa movimentação contribui novamente para o “nervosismo” do mercado financeiro: cotação do dólar subiu e desvalorização na bolsa de valores. 

   A permanência de Dilma no comando do País a cada dia se mostra mais danosa. Em termos econômicos, os maus resultados são divulgados diariamente. A sua saída melhorará os ânimos de empresários e trabalhadores porque apontariam para alguma mudança. Traria um “ar mais otimista”. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 16 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).