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sexta-feira, 11 de março de 2016

O PT E A JUSTIÇA


   O que há alguns anos parecia fato impossível, agora está cada dia mais perto. Ontem, promotores do Estado de São Paulo pediram a prisão preventiva do ex-presidente Lula juntamente com a denúncia apresentada sobre o tríplex em Guarujá (litoral de São Paulo), que teria sido preparado para a família do petista. A alegação é que a prisão é necessária para garantir a “ordem pública, a instrução do processo e a aplicação da lei penal”. Ainda há o apontamento de que o ex-presidente pode destruir provas e agir para evitar determinações da Justiça. 
    Em afirmações a pessoas próximas, Lula avalia que o vazamento da notícia do convite para assumir um ministério no governo Dilma Rousseff (PT) teria precipitado o pedido de prisão. Caso assuma uma pasta, ele teria foro privilegiado e, portanto, não poderia ser investigado pela justiça comum. A manobra, além de ter provocado indignação em boa parte dos brasileiros, parece não ter dado certo. Se assumir uma cadeira no governo Dilma ficará claro a todos que Lula tem medo das investigações e, por consequência, de parar na cadeia. 
   Agora, é preciso acrescentar que a reação da população contra a condução coercitiva aplicada pela Polícia Federal a Lula ficou aquém do que os petistas queriam. As declarações públicas ocorreram mais no sentido de discutir a legalidade do ato e não de defesa ao ex-presidente. É preciso que Lula, Dilma e os petistas investigados na Operação Lava Jato tirem a carapuça de vítima e passem a apresentar provas de que não são responsáveis pelos desvios bilionários na Petrobras e que não houve qualquer enriquecimento ilícito. Seria mais produtivo à nação. 
   Enquanto essa questão política não for resolvida o Pais continuará nessa letargia, em compasso de espera. O mercado financeiro se antecipa a cada movimentação e dá sinais claros de que a saída do PT do poder melhorará os indicadores econômicos- financeiros, como já vem ocorrendo. Portanto, a perspectiva da presidente terminar seu mandato é muito negativa. Hoje, parece improvável, mas sempre é preciso lembrar que a população tem que se manifestar, tem que participar mais da vida pública do País. (FOLHA OPINIÃO opiniaofolhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 11 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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