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segunda-feira, 28 de março de 2016

MAIS ESPECIALISTAS NO TRATAMENTO DO CÂNCER


   Seiscentos mil novos casos de câncer deverão ser registrados no Brasil, em 2016, sendo cerca de 295,2 mil em homens e 300,8 mil em mulheres. A previsão é do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Alguns fatores justificam esse número, segundo especialistas do Inca, como o aumento da expectativa de vida, a urbanização e a globalização. Ainda conforme o instituto, os principais tipos que ocorrerão no País serão, por ordem de incidência, os de pele não melanoma (para ambos os sexos). Os de próstata e o de mama. E chama atenção para outros cânceres cuja incidência aumenta, que são os do intestino grosso (terceiro mais incidente entre as mulheres e o quarto entre os homens); pulmão (terceiro entre os homens e quinto entre as mulheres), colo do útero (quarto mais comum nas mulheres); estômago (quinto entre os homens e sexto entre as mulheres); e cavidade oral (sexto mais comum entre os homens).
   Diante desses números, a cancerologia está se tornando uma especialidade cada vez mais procurada pelos jovens médicos brasileiros, assunto que é tratado na reportagem de hoje da FOLHA. De 2011 a 2014, o aumento percentual de profissionais que abraçaram essa especialidade foi de 134,7% passando de 1.457 para 3.419 profissionais. Os dados fazem parte do estudo Demografia Médica no Brasil 2015, o mais recente mapeamento da Medicina no País, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Informações mais recentes da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), do ano de 2015, mostram crescimento de 75% em relação a 2014. No Paraná, existem 317 cancerologistas cadastrados no CRM.
   É importante perceber que a cancerologia vem despertando o interesse dos estudantes de medicina. A incidência de câncer está associada também a maior expectativa de vida da população, lembram os especialistas do Inca, que apontam, além da idade, outros fatores de risco: tabagismo, obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, entre outros. Há alguns anos, as pessoas quase não comentavam sobre o câncer, que foi um tabu por muito tempo. O nome era impronunciável e substituído por apelidos como “CA” ou “aquela doença”. Infelizmente, o tabu ainda prejudica o diagnóstico de alguns casos de doença, como o de mama e o de próstata. Que essa nova geração de médicos oncologistas ajudem a vencer o preconceito e o estigma que cercam o câncer. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira. 28 de março de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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