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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

SILÊNCIO, UM MÊS DEPOIS


   Um mês e nenhuma resposta. Doze pessoas mortas em apenas uma noite em Londrina, Arapongas e Ibiporã e até agora nenhuma informação consistente sobre o caso. Para a sociedade que espera uma resposta, difícil não imaginar que os ataques não tenham nenhuma relação entre eles. Afinal quem eram essas pessoas e que tipo de ligação elas teriam? Por que eram alvos em potenciais? O ataque a um policial militar desencadeou as ações que ocorreram na sequência? Foi uma reação policial ou ordens de facções criminosas?
   As autoridades têm que responder a essas perguntas. O silêncio não pode perdurar por mais tempo. Há doze dias a Secretaria de Segurança Pública, em entrevista coletiva à imprensa, se limitou a afirmar que o caso ainda estava sob investigação e que nenhuma informação seria divulgada para não atrapalhar o trabalho da polícia. Na época, o secretário Wagner Mesquita disse que o objetivo principal eram colher provas que não sejam questionadas pela Justiça. É claro que a sociedade deseja uma investigação séria e contundente a respeito dos fatos, mas é preciso apresentar uma resposta.
   É muito estranho para quem acompanha o caso que até agora ninguém tenha sido preso. Também impossível imaginar que ainda não há conclusões. Por enquanto, a única resposta do Estado foi a implantação temporária de uma força-tarefa com cerca de 80 policiais.
   Portanto, a sociedade tem que ser mais atuante e cobrar uma resposta mais efetiva das autoridades. Os autores da chacina têm que ser apresentados e punidos. A confiança da população no Estado é baseada principalmente na transparência de suas ações, É preciso concordar qe nesse caso especificamente falta clareza e coerência. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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