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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

SEM RESPOSTA


   Dezoito dias após a chacina registrada em Londrina a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) não tem uma resposta à população. Apesar de a força-tarefa montada na cidade conter a onda de violência ter apresentado significativa redução nos índices de criminalidade até agora não houve qualquer comunicação do andamento das investigações. Para se ter uma ideia da dimensão do caso, entre a noite de 29 de janeiro e a madrugada do dia 30 aconteceram 20% da média de assassinatos que são registrados anualmente na cidade.
   Cabe ressaltar que o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita tem razão ao afirmar que o órgão pretende elucidar os casos com a apresentação de provas que se sustentem na Justiça. No entanto, a população tem pressa para ver esse caso solucionado. É importante que venha uma resposta nesse sentido para tranquilizar a sociedade. Algumas perguntas precisam ser respondidas: as mortes que ocorreram na sequência do atentado ao policial foram uma retaliação da polícia? Foram ordenados por organizações criminosas? Eram pessoas com passagem pela polícia?
   O não esclarecimento de questões como essas só faz reforçar a sensação de insegurança entre a população. É certo que mais policiais nas ruas contribuem para a redução da criminalidade, conforme números apresentados ontem pela Sesp. No entanto, a força-tarefa é uma ação pontual e a população tem que ter certeza que dias como os de janeiro não se repetirão. Além disso, a falta de respostas contribui para a disseminação de boatos e rumores, que são extremamente prejudiciais. 
   É de se esperar, portanto, que a Sesp apresente uma resposta à população e à sociedade londrinense deve cobrar isso. É claro que todos desejam provas contundentes e incontestáveis, mas é preciso mais transparência nesse caso. (FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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