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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

SAÚDE LIBERA R$ 300 MI EM RPELENTES PARA GESTANTES


   Grávidas atendidas pelo Bolsa Família vão receber repelentes para proteção contra o mosquito Aedes aegypti; governo espera diminuir casos de microcefalia

   BRASÍLIA – o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou ontem no Senado, a transferência ao Ministério do Desenvolvimento Social de R$ 300 milhões para a compra de repelentes, que serão distribuídos para gestantes atendidas pelo Bolsa Família . A estratégia tem como objetivo, reduzir o risco de casos de zika entre grávidas e, consequentemente, de nascimento de bebês com microcefalia. Embora não haja uma informação categórica de organismos internacionais de saúde, para o governo brasileiro está certa a relação entre o aumento de casos da má-formação com a transmissão vertical do vírus. 
   O anúncio foi feito durante uma sessão realizada no Plenário do Senado Federal para discutir a microcefalia e o zika no país. Castro se referiu ao momento pelo qual o País passa como um dos mais difíceis da saúde pública brasileira e mundial. “Não é à toa que a última vez que o Brasil havia declarado emergência pública foi em 1917, com a gripe espanhola”, disse o ministro. 
   Castro voltou a afirmar que a tarefa de se combater o mosquito não cabe apenas ao governo federal. “O mosquito não tem filiação partidária. A responsabilidade é de todos brasileiros e de toda a humanidade”, completou. Ele ressaltou a necessidade do trabalho do poder municipal, da sociedade civil e chegou a sugerir que pessoas “inspecionem seus vizinhos” em busca de focos do mosquito Aedes aegypti. 
   Mais uma vez, o Ministro descartou a incapacidade da incorporação da vacina contra a dengue produzida pela Sanofi Pasteur na rede pública de saúde. Ele observou que o imunizante que já recebeu aval da Anvisa para a comercialização no Brasil, é caro, tem de ser aplicado em três doses e, sobretudo, não é indicado para um público alvo considerado como essencial pelo governo: crianças e idosos. “Na vacina da dengue, as crianças abaixo de 10 anos e os mais idosos são prioridade. E essa vacina não presta para isso”, completou. 

   AMAMENTAÇÃO

   As mulheres contaminadas pelo vírus zika podem seguir amamentando seus bebês, já que nada prova que existe um risco de transmissão, declarou ondem a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Segundo as provas existentes, os benefícios da lactância materna para o bebê e a mãe superam qualquer risco de transmissão do zika vírus através do leite materno”, conclui a OMS em suas recomendações dirigidas às autoridades dos países afetados pela epidemia. 
A OMS recordou que o vírus foi detectado no leite materno de duas mães contaminadas. “ Mas não há atualmente nenhuma prova de transmissão do zika aos bebês, através da amamentação materna”, enfatizou. ( DAS AGÊNCIAS, página 8, FOLHA GERAL, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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