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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A SOCIEDADE DA CONFIANÇA


 
   A confiança é o coração da vida em sociedade. Isso vale para a economia, para a cultura e para todas as relações humanas. Quando você chama um táxi, a prestação do serviço só ocorre por uma dupla relação de confiança: você acredita que ele vai leva-lo até o endereço desejado, e ele acredita que ao final da corrida, você vai pagar pelo serviço. Numa ida ao restaurante, acontece a mesma coisa: você acredita que terá uma refeição e o dono do restaurante acredita que você vai pagar a conta. Se você leva seu filho à escola, é porque acredita que ali ele receberá uma educação decente. Se você está lendo este jornal agora, é porque espera encontrar aqui alguma informação confiável. Sem a confiança a vida humana sobre a Terra se tornaria um inferno e estaria condenada à extinção. 
   Na sociedade brasileira, o governo tem um peso gigantesco e abusivo nas relações econômicas, sociais e até pessoais. No fim das contas, é a sociedade que trabalha para o governo, e não o contrário. Quando o grupo político responsável por comandar o Estado perde a confiança da sociedade, a vida se torna um inferno. 
   É precisamente isso que está acontecendo com o Brasil nos últimos tempos. Não se acredita mais em uma só palavra do que diz a chefe do Executivo (isso quando se compreende o que ela diz ou as panelas permitem escutá-la). A classe política - esteja na situação ou em cima do muro, porque a oposição quase inexiste – sabe muito bem que Dilma não reúne mais condições de ocupar o cargo, se é que algum dia as reuniu. 
   O Brasil foi seprocado de novo, desta vez pela agência Moody’s. O rebaixamento da economia brasileira não é algo que vai afetar apenas os grandes investidores; é uma decisão que terá reflexos na nossa vida cotidiana. A cada minuto que o PT permaneça no poder, o País vai ficando mais pobre e mais fraco – e com fama de mentiroso. O pior rebaixamento é o moral. 

   O QUE PODEMOS FAZER NESTA SITUAÇÃO?


   Podemos agir em dois sentidos. Primeiro, batendo panelas e saindo às ruas para exigir a saída do PT. Mas protestar não basta. Temos que reforçar os laços entre nossa gente. Temos que olhar para o nosso vizinho, para o nosso colega, para o nosso companheiro de labor – e ver nele um aliado. Se os políticos do Planalto não resolvem nada, é preciso que os cidadãos da planície se unam para criar uma sociedade da confiança, exatamente como fizeram os pioneiros de Londrina e do Norte do Paraná, numa época em que o mundo vivia uma de suas maiores crises. Com verdade e eficiência, eles construíram um sonho. 
   Chega de andar em círculos. A exemplo dos homens e mulheres que edificaram nossa cidade, vindos de diversas partes do Brasil e do mundo, é preciso confiar em nós mesmos e olhar para o mundo em 360 graus. Isso tem nome: fé. “Porque onde está o teu tesouro, lá também está o teu coração.” ( Coluna AVENIDA PARANÁ – por PAULO BRIGUET, página 3, caderno FOLHA CIDADES. Fale com o colunista: avenidaparana@folhadelondrina.com.br sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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