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sábado, 20 de fevereiro de 2016

EVASÃO ESCOLAR


   Embora o País tenha registrado significativos avanços na Educação nos últimos anos, as estatísticas apontam que ainda há muito a melhorar. Levantamento do movimento Todos pela Educação, baseados em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2014, aponta que pouco mais da metade dos estudantes brasileiros consegue terminar o ensino médio na idade adequada. A taxa de conclusão dos jovens até 19 anos foi de 56,4%, naquele período.
   A justificativa é a grande evasão escolar de jovens matriculados principalmente no período noturno que precisam trabalhar para complementar a renda da família. Muitos não conseguem conciliar a rotina e optam por abandonar os estudos. A explicação é simples e não apresenta nenhuma novidade. No entanto, é preciso discutir como inserir esse grupo na educação. As estatísticas só são importantes se forem usadas como agente indutor de políticas que melhorem a qualidade de vida da população. 
   Ainda que estejam em discussão propostas de ensino semipresencial cabe afirmar que os projetos demoram para serem implantados. É importante que o poder público desenvolva ações não só para manter crianças e jovens na escola, mas também garantir a qualidade do ensino. Da mesma forma que alguns comportamentos e valores da sociedade evoluíram, o ensino tradicional também tem que ser adaptado. Novas tecnologias e novos métodos têm que ser adotados até mesmo para “prender a atenção” desse público. É claro que uma equipe pedagógica preparada e motivada é fator fundamental. 
   A diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento está, entre outros fatores, na qualidade da educação de sua população. É preciso melhor o nível do ensino brasileiro , isso é fato. A pergunta que fica e que deve ser debatida pela população é quando essa proposta começará a ser implementada nas escolas. Crianças e jovens têm que aprender o conteúdo, não basta apenas ocupar uma carteira escolar. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadlondina.com.br página 2, sábado, 20 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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