Pode-se afirmar que a violência atinge níveis alarmantes quando começa a prejudicar a população. Aqui não se fala apenas da sensação de insegurança, da falta de tranquilidade para andar em determinas vias no período noturno, mas quando os prejuízos afetam diariamente a vida das pessoas. É o que tem acontecido em alguns municípios do interior do Paraná.
Depois de vários assaltos a agências bancárias ou explosões de caixas eletrônicos, os agentes bancários têm optado por encerrar as atividades, deixando os moradores sem acesso a esse serviço – hoje essencial – obrigando essas pessoas a percorrer vários quilômetros até outras cidades. O mesmo tem acontecido com agências dos Correios. Essa não é a solução ideal nem para os bancos nem para a população e tampouco para o Estado, que se distancia ainda mais de seus cidadãos.
O fortalecimento da segurança pública carece de um planejamento efetivo. Ações pontuais podem até atender aos anseios da população no curto prazo, mas não resolverão o problema. Tanto que na madrugada de sábado, bandidos roubaram duas agências bancárias: uma em Jaguapitã (Região Metropolitana de Londrina) e outra em Marilena ( Região Noroeste). A ação aconteceu mesmo com a implantação de uma força-tarefa em Londrina, onde serão alocados cerca de 80 policiais.
É fato que a violência não é um problema de fácil solução. São necessários investimentos na estrutura policial, na formação dos policiais, no policiamento ostensivo nas cidades, mas também são necessários planos de longo prazo, como investimentos na educação e em projetos que retirem crianças e adolescentes das ruas. No entanto, não se pode continuar com o atual modelo, que já não se mostra muito eficaz. O Estado tem que se aproximar de seus cidadãos e investir na qualidade de vida das pessoas, com ações que promovam o seu bem-estar e desenvolvimento pessoal. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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