O nebuloso cenário econômico enfrentado pelo País desde meados de 2014 não tem afugentado investidores. Pelo contrário. Pesquisa da consultoria KPMG, que avaliou mercados globais de alto crescimento, colocou o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial de melhores destinos para aplicações em produção, atrás apenas da China e da Índia. A colocação ocorre mesmo com a redução do consumo no mercado doméstico, que foi impactado pelo crescimento da inflação e do desemprego.
Várias características chamaram atenção nesse estudo: população jovem, economia diversificada, democracia consolidada, além da disponibilidade de recursos minerais e naturais e agricultura forte. São diferenciais competitivos valorizados por empresários internacionais. O momento é de dificuldades, mas nem mesmo esse fator tem sido encarado como um problema, uma vez que a avaliação é que o País pode se recuperar da crise econômica.
Se mesmo diante desse quadro, o País mantém a atratividade perante os investigadores, é importante que todos trabalhem para a criação de um cenário ainda mais positivo. Se uma das principais deficiências é a infraestrutura, a sociedade tem que pressionar o governo para investir nesse setor. Há alguns anos, esse segmento foi apontado com um dos empecilhos ao crescimento. Durante esse tempo o que foi feito? Quais grande obras, principalmente de logística foram executadas? A população tem que ficar atenta a essas questões, e pressionar por projetos específicos na área.
Além disso, os empresários devem também criar oportunidades para melhorar seu negócio. Se são parcerias, investimentos em inovação ou novos negócios, a melhor solução tem que ser encontrada por cada um. O brasileiro é conhecido por ser um povo criativo, característica que tem que se sobressair neste momento. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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