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sábado, 27 de fevereiro de 2016

A ESCOLA ABERTA


   Casos de violências nas escolas são comuns no Brasil e em muitos outros países. É uma realidade para professores e alunos de diferentes idades, tanto da rede pública quanto particular. Entre as situações mais comuns, estão agressão e ameaças de alunos para professores e de estudantes contra estudantes. E não são apenas agressões físicas. A violência moral – bullying – é igualmente preocupante. Constantes também são as depredações aos prédios e furto ou destruição de equipamentos.
   Especialistas apontam várias causas. E todas bastante complexas. Drogas, exclusão social, problemas familiares, de relacionamento, falta de segurança no bairro, entre muitos outros fatores. Muitos estudiosos colocam que a violência que chega à escola reflete a sociedade.
   Se as causas são complexas, as soluções também não são simples. Mas uma experiência tem dado certo em muitos países, incluindo o Brasil. Trata-se do envolvimento das crianças e jovens em projetos fora da sala de aula, indo além do ensino tradicional. Um exemplo é a abertura das instituições nos finais de semana, quando estudantes e seus familiares, além dos professores, podem experimentar a escola de um modo diferente, mais lúdica, fortalecendo vínculos de responsabilidade, de amizade e de respeito.
   Um exemplo é a Escola Municipal Zumbi dos Palmares, o antigo Caic do Jardim União da Vitória, na zona sul de Londrina. Embora os muros ainda guardem marcas de vandalismo, a realidade é outra desde que a direção da instituição decidiu também acolher os alunos aos sábados. Se antes eles invadiam a instituição para usar a quadra de esporte, agora as crianças podem entrar pelo portão principal e participar de atividades esportivas e artísticas. Com acompanhamento de professores e familiares. 
   Segundo a direção, os resultados já são percebidos em sala de aula, com estudantes mais disciplinados e focados no estudo. A participação dos pais é um ingrediente essencial para o sucesso escolar dos filhos. Trata-se de um suporte emocional e afetivo que marcará positivamente a trajetória educacional das crianças e jovens. É preciso incentivar este tipo de solução, de baixo custo e de ótimos resultados. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br sábado, 27 de fevereiro de 2016, página 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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