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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

SOBRE A CORRUPÇÃO


   A corrupção está no centro das preocupações dos brasileiros. Se não bastasse a percepção da população de que a corrupção é o principal problema enfrentado pelo País, ranking mundial divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional aponta que o Brasil caiu sete posições no levantamento. Em 2014, o País está na 69ª colocação e, no ano passado, ficou em 76ª – a maior queda entre todas as 168 nações pesquisadas. 
   A avaliação é que houve um aumento da percepção após Operaçao Lava Jato. As investigações, que já duram quase dois anos, tornaram público o maior esquema de desvio do dinheiro público do País e prendeu importantes políticos e empresários, além de terem sido apresentadas denúncias contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e seu filho conhecido pelo apelido “Lulinha”.
   O esquema trouxe prejuízos importantes à Petrobras, a maior empresa estatal brasileira, que amargou prejuízos no ano passado e teve rebaixada sua nota de grau de investimento. A petroleira teve sua saúde financeira prejudicada e junto trouxe também uma das maiores crises éticas enfrentadas pelo País. Afinal qual a credibilidade de um partido ou de um presidente em meio a um escândalo como esse?
   No entanto, a Lava Jato deve se torar um símbolo para o País. Que essa operação represente um marco, um divisor de águas e que a corrupção e o “jeitinho” não tenham mais espaço na agenda nacional. O País precisa amadurecer politicamente e discutir profundamente assuntos como esse. É preciso entender que a fase de indignação já passou e que o momento agora é de ação. Para isso não precisam ser executadas ações grandiosas. Basta acompanhar os atos de seus representantes , os gastos, as informações publicadas no Portal da Transparência, que são obrigatórias. Mudar uma cultura requer mudança de atitude, ação. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quInta-feira, 28 de janeiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRNA).

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