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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

FIM DA ALIANÇA?


   É inegável que as investigações da Operação Lava e as denúncias que atingem a cúpula do PT têm atingido diretamente a presidente Dilma Rosseff (PT) e seu governo. Desgastada e ainda com o país em grave crise econômica, inflação e desemprego é difícil angariar apoio. Ontem, o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB-SP), esteve em Curitiba e em uma afirmação indicou a possibilidade de o PMDB encerrar a parceria com o PT.
   Segundo ele, o PMDB quer assumir o poder, mas em 2018, com candidatura própria à Presidência. Ocupando o cargo de vice-presidente, ele refutou a possibilidade de afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto antes do término do seu mandato. Temer tem sido muito criticado devido ao seu posicionamento diante do risco de impeachment da presidente. Pesquisas internas do partido apontam para o desgaste tanto da imagem pessoal de Temer como da do PMDB.
   Dono da maior bancada do Congresso Nacional, perante a opinião pública o partido cultivou a fama de que troca apoio político por favores, como cargos e domínio em ministérios consagrados estratégicos. O objetivo de Temer, agora, é desconstruir essa imagem. Para concretizar isso, a intenção é lançar o maior número de candidatos próprios nessas eleições municipais. Sem dúvida, o “termômetro” das eleições para presidente será neste ano. Será um indicativo da constituição de alianças entre os partidos e de a quantas anda o humor da população com o PT e os partidos aliados. 
   A discussão de alianças e apoios em uma eleição não deveriam dominar a vida pública do País. Sem alinhamento de ideologias, a formação de alianças às vésperas das eleições leva a acordo de conveniência e a esse jogo que os eleitores já estão acostumados. É preciso mudar a forma de fazer política no Brasil. O momento exige reflexão e a população deve participar desse processo. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.om.br página 2, sexta-feira, 20 de janeiro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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