Páginas

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

BRASIL RATIFICOU ACORDO EM 2009


   Assinado em 1990 com outros Estados Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. A previsão inicial era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1º de janeiro de 2013, mas após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1º de janeiro de 2016.
   Entre as principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o acréscimo de k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo oficial.
   O trema – dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes próprios. No entanto, a mudança vale apenas para a escrita, e palavras como linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia. 
   Os acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras, eliminando a diferença gráfica entre “para” (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. 
   O acento circunflexo foi retirado de palavras em “êem”, como nas formas verbais “leem”, “creem”, “veem” e em substantivos como “enjoo” e “voo”. 
   Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes “éi” e “ói”, dando nova grafia a palavras como “comeia e jiboia”. 
   O hífen deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o prefixo terminar em r ( super-resistente), e quando a primeira parte da palavra termina em vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada). 
   A grafia correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no Vocabulário da Língua Portuguesa (Volp), disponível no site da Academia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para smatphones e tablets, que pode ser baixado em dispositivo Android, pelo Google Play, e em dispositivos da Apple, pela App Store. ( AGÊNCIA BRASIL, página 1, caderno FOLHA CIDADES, terça-feira, 12 de janeiro de 2016).

Nenhum comentário:

Postar um comentário