O Jornal de Londrina (JL) anunciou ontem o fim da circulação impressa e da operação digital. A edição de hoje, de número 8,242, marca o fim de 26 anos de atuação jornalística em Londrina e região. Em nota pública no site do jornal, a chefia de redação credita o fim das atividades à crise econômica e a reestruturação mundial pela qual atravessam os veículos de comunicação.
O veículo foi fundado em 1989 e, de anos depois, foi adquirido pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM). O fechamento do veículo foi lamentado por um dos seus fundadores, o jornalista Luiz Carlos Lorencetti, o Chuveirão. “Fui pego de surpresa e achei lamentável sob todos os aspectos. Além dos empregos que se perdem, a imprensa local também se enfraquece”, comentou. “ Já vivi isso em outubro de 1976. Quando cheguei para trabalhar no Jornal Panorama e encontrei as portas fechadas. É muito triste”, comparou.
A professora aposentada Avani Matos César, viúva do jornalista Déli César, fundador do JL, que morreu em fevereiro deste ano, também lamentou o fim da obra que o marido ajudou a criar, “Certamente, o Délio estaria muito triste se estivesse aqui. O jornal era um dos principais legados deixados por ele. É uma grande perda para a cidade, para a formação de opinião”, disse.
A nota da empresa termina com agradecimento aos leitores e parceiros. “O grupo agradece ainda a dedicação de seus colaboradores de todas as áreas, assim como aos anunciantes e fornecedores, que foram parceiros e acreditaram no poder de um veículo independente,”(CELSO FELIZARDO – Reportagem local, página 7, FOLHA GERAL, sexta-feira. 18 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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