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sábado, 19 de dezembro de 2015

ACENDEU A LUZ VERMELHA



   Se o Brasil já teve sua nota de crédito rebaixada duas vezes este ano,  o que significa o novo rebaixamento, esta semana pela agência de análise de risco Fitch Ratings? Para quem não acompanhou o caso, segue uma retrospectiva, Em setembro, a agência Standard & Poor’s diminuiu a classificação do Brasil de BBB- para BB+, o que coloca o País em uma classificação chamada grau especulativo. Há cerca de dois meses, outra agência, a Moody’s, também rebaixou o Brasil, mas teve uma visão mais otimista da nossa economia e manteve o selo de bom pagador, com perspectiva estável. No caso da avaliação da Fitch, a nota caiu de BBB para BBB- . Isso deixou o País em uma posição bem delicada. Tanto a Fitch como a Standard & Poor’s estão a um passo de dar ao Brasil um “atestado” de mau pagador.
   A Fitch justificou a redução na nota citando a crise política e a perspectiva de piora do perfil da dívida pública. E deixou no ar uma mensagem que é provável um novo rebaixamento em uma nova avaliação. Nesse caso, seria a segunda agência internacional a colocar o País no grau especulativo. Na avaliação do mercado, é significativo o risco de uma nação em grau especulativo dar calote a seus credores. O rebaixamento não é bom para ninguém, nem para empresários e nem para o trabalhador. As notas baixas que vêm das agências de análise de risco significam saída de dólares, enfraquecimento da nossa moeda, o real, e aumento da inflação. Além da redução da oferta de crédito.
   Analistas econômicos ouvidos pela Folha de Londrina disseram que o tamanho do prejuízo com o rebaixamento do grau de investimento, é desconhecido porque muitos investidores já esperavam pela decisão da Fitch . Aliás, o descaso com as contas públicas, por parte do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), dava todos os sinais de que o rebaixamento aconteceria mais cedo ou mais tarde. Ora, infelizmente não é surpresa o País acabar taxado, três vezes, em 2015, como um local não seguro para investimentos internacionais. O novo rebaixamento fez acender uma luz vermelha sinalizando que a equipe econômica da presidente Dilma precisa agir com urgência e sem chances de erros, para evitar que os prejuízos à economia sejam maiores do que os brasileiros possam suportar. (FONTE: FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br, página 2, sábado, 19 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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