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sábado, 7 de novembro de 2015

UM PAÍS ACOLHEDOR?



  O fluxo migratório, suas razões e consequências têm ganhado destaque em debates mundo afora. A movimentação de sírios, afegãos e africanos que desejam se estabelecer em solo europeu tem comovido a população mundial e gerado discussões sobre os direitos humanos.  Embora distante desse foco, o Brasil também tem enfrentado o mesmo problema. Reportagem desta  FOLHA  abordou a história dos haitianos que vêm ao País em busca de uma vida melhor.
   Um país extremamente pobre e devastado por terremotos oferece poucas oportunidades à sua população. O Brasil tem recebido essas pessoas, mas o que devemos discutir internamente é se estamos preparados e como estamos recebendo esses imigrantes. Dados do governo Federal estimam que a onda migratória recente tenha trazido cerca de 40 mil pessoas, a  maioria  haitianos.  A reportagem abordou o drama de mulheres eu chegm grávidas ao País.
   Pela legislação, filhos de imigrantes nascido no Brasil são considerados brasileiros e, portanto, estão amparados pela Constituição Federal. Isso significa que têm acesso à saúde, educação, assistência social, entre outros direitos. No entanto, na opnião de pessoas que trabalham diretamente com este público, há um despreparo de empresas e órgãos públicos para lidar com esses imigrantes. É correto que o Brasil acolha essas pessoas, até mesmo porque o próprio povo brasileiro é formado por muitas raças. É fator positivo e determinante para muitas características e comportamentos da população.
   Mas é preciso oferecer estrutura. A rede de saúde precisa ser capacitada para atender bem essas pessoas, as escolas terão que estar preparadas para formar crianças, jovens e adultos, além da  implementação de ações sociais. É um desfio enorme, ainda mais se considerarmos que a maioria dessas serviços funciona precariamente. Portanto seria interessante que fosse estruturada uma rede de apoio para oferecer uma boa acolhida aos imigrantes. ( Página 2, FOLHA OPINIÃO opinião@jornaldelondrina.com.br, sábado, 7 de novembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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