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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PRÓTESES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA


        

   SUS oferece reabilitação com auxílio de aparelho de amplificação sonora individual e implantes cocleares


   Vitória – Ontem foi comemorado o Dia Nacional da Surdez. Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  cerca de 5,1%  da população brasileira possui deficiência auditiva, o que representa quase 10 milhões de pessoas. Deste total, cerca de 2 milhões possuem deficiência auditiva severa ( 1,7 milhão tem grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos), e 7,5% milhões apresentam alguma dificuldade auditiva. No que se refere à idade, cerca de 1 milhão de pessoas com deficiência auditiva são crianças e jovens até 19 anos.
   Para melhorar a qualidade de vida dessa população , o Sistema Único de Saúde  (SUS) oferece a reabilitação com o auxílio do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e implantes cocleares. Entre 2012 e 2014, o Ministério da Saúde financiou 624.715 aparelhos auditivos. Além disso, desde 2012 foram equipadas 75 maternidades com aparelho de triagem auditiva neonatal e a previsão é equipar mais 737 maternidades até 2019.
   Outro destaque da Rede de Cuidados à Pessoas  com Deficiência é a incorporação de 11.456 equipamentos de Sistema FM ao SUS desde 2013. Esse sistema está ajudando alunos e professores em sala de aula e funciona como um microfone remoto, sem fio, composto de duas partes: um transmissor, utilizado pela fonte sonora e o receptor, utilizado pela pessoa com deficiência auditiva, permitindo que ela entenda o que está sendo dito sem perder os sons do ambiente.
   O Centro de Reabilitação Física do Espírito Santos (Crefes) é um dos locais capacitados para diagnóstico e reabilitação de pessoas com deficiência auditiva. Fabrícia Forza, diretora geral do Crefes, explica como acontece o atendimento da unidade:  “Nós atendemos em média 140 pacientes por mês fazendo exames audiológicos. Na maioria deles, em idosos e crianças. Para contribuir com esta qualidade de vida e reinseri-los na convivência social, nossa  unidade oferece, além do diagnóstico, a reabilitação e a entrega das próteses auditivas”, conta a diretora.
   Além dos aparelhos auditivos, o sistema FM tem sido de grande ajuda para os pacientes da unidade.  “Ele  é muito importante para as crianças em idade escolar. E é um aparelho muito caro, que pode custar até R$ 17 mil. Tivemos um paciente recentemente, um menino de 10 anos, que veio ao sul da Bahia para realizar o atendimento. A mãe ficou tão emocionada no dia da entrega do aparelho que não conseguia parar de chorar. O menino já usava um aparelho auditivo, mas não conseguia evoluir no aprendizado escolar por falta do FM”, conta Fabrícia. O setor de audiologia do Crefes do Espírito Santo funciona há seis anos, e de janeiro e agosto de 2015 já foram distribuídas 1.262 próteses.
   Em alguns casos, as pessoas com deficiência auditiva necessitam de um implante coclear, que  também é conhecido com ouvido biônico. O aparelho que fica parcialmente implantado próximo ao ouvido, restaura o som para quem tem surdez profunda.
   Atualmente, os 27 centros especializados na oferta de implantes fornecem ao paciente um dispositivo interno no ato cirúrgico (eletrodos) e dispositivo externo (processador de fala). No SUS, o paciente também tem acesso ao atendimento integral: diagnóstico, indicação do implante, preparação para a cirurgia (consultas e exames), acompanhamento feito por profissionais especializados e terapias após procedimento cirúrgico. Ainda dentro da assistência, está prevista a orientação para qu o e paciente aprenda manusear e cuidar do equipamento e desenvolver as habilidades auditivas e de linguagem. Em 2014, foram realizados 854 procedimentos de implante coclear em todo o Brasil. (REPORTAGEM LOCAL, página 2, FOLHA CIDADES, quarta-feira,11 de novembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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