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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

DOLESCENTES COMPARTILHAVAM PORNOGRAFIA INFANTIL PELAS REDES SOCIAIS


   Entre outubro e novembro, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 18 suspeitos foram identificados como responsáveis pela disseminação do conteúdo pornográfico. 

   A Polícia Federal de Londrina identificou 18 suspeitos de cometer crime de pedofilia pelas redes sociais e apreendeu computadores, tablets e celulares que eram utilizados para distribuir conteúdo pornográfico. De acordo com o delegado chefe da PF de Londrina, Nilson Antunes da Silva, chamou a atenção o número de adolescentes envolvidos com a pedofilia.
   Foram identificados oito menores de idades que estavam de posse de imagens pornográficas. Eles foram encaminhados para a Vara da Infância e Juventude para responder pelo crime. Os adultos serão indiciados por pedofilia. Apenas uma pessoa, um aposentado de Londrina, foi preso em flagrante e liberado após pagamento de fiança. 
   Entre outubro e novembro, a PF cumpriu 20 mandados de busca e apreensão n cidade e em municípios vizinhos como Cambé, Ibiporã e Porecatu. “Identificamos o endereço de onde partiram as imagens e, em outubro e novembro, cumprimos 20 mandados de busca e apreensão, sendo 13 em Londrina. Conseguimos identificar 18 pessoas, sendo que quase 50% são adolescentes”, disse o delegado. 
   As investigações começaram em Julho, após a PF receber informações sobre a troca de imagens de crianças e adolescentes fazendo sexo ou em poses sexuais. O delegado explicou que o Brasil tem convênio com instituições governamentais e não governamentais do exterior para combater o crime de pedofilia ao redor do mundo. 
   Desde 2011, uma alteração na lei passou a considerar crime de pedofilia receber e manter imagens de crianças e adolescentes. Segundo o delegado, percebemos um aumento no número de menores de idade recebendo esse tipo de imagens, principalmente porque virou moda entre os meninos e meninas tirarem fotos nus e compartilhá-las com os namorados. Estas imagens acabam indo parar em grupos de WhatsApp.
   Para o delegado, “os pais precisam ter a consciência de fiscalizar o que os filhos estão fazendo na rede mundial de computadores”. “Uma acusação de pedofilia se torna uma marca que macula a vida do adolescente. “A pedofilia é uma marca que fica para sempre na vida da pessoa. Sempre que sua vida pregressa for analisada vai aparecer a palavra pedofilia Ele precisa ter a consciência que isso é crime”, enfatizou. 
   A Polícia Federal informou que nos materiais apreendidos há centenas de imagens de crianças a partir dos 2 anos. “Temos trabalhado para identificar as vítimas, mas é muito difícil porque são imagens que estão circulando ao redor do mundo. Podem ser fotos antigas, muitas de crianças e adolescentes do Leste Europeu”, comentou Antunes. 
   Levantamento da Polícia Federal mostra que os pedófilos estão inseridos em todas as classes sociais. Em Londrina, por exemplo, o crime foi cometido por adolescentes do Jardim São Jorge, na zona norte, e também da Gleba Palhano, na zona sul. O delegado informou que eles cometeram o crime or irresponsabilidade mesmo e que tinham consciência do que estavam fazendo, uma vez que não foram aliciados por compartilhar o conteúdo. 
   O crime está associado ao acesso à tecnologia. Por isso, o delegado chefe alerta os pais sobre a necessidade de monitorar o que os filhos estão acessando na internet. “Hoje, quando você dá u smatphone para seu filho de 7 anos, por exemplo, está inserindo ele num mundo digital sem limites.” Ele revela que já teve casos de crianças enviarem fotos de roupa íntima pela internet, após serem ludibriadas pelos pedófilos. 
   O trabalho da PF continua para identificar os outros envolvidos no crime e peritos da PF farão análise de todo o conteúdo. Antunes disse que a polícia ainda deve receber mais informações dos monitoramentos feitos pelas instituições que combatem a pedofilia. ( ALINE MACHADO PARODI – REPORTAGEM LOCAL, página 3, FOLHAS CIDADES, quarta-feira, 18 de novembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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