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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

12 ANOS: CRIANÇA OU ADOLESCENTE?




   Vejo como um ser humano em formação que precisa ser cuidado, orientado, alimentado, respeitado, que necessita de bons exemplos, carinho, atenção, etc. Ou seja, ainda depende de alguém par sobreviver. A grande angústia é que existem muitas crianças próximas a nós vivendo sem o mínimo necessário para seu bom desenvolvimento. A formação de um indivíduo tem como base um tripé muito conhecido por todos nós, que é a educação, saúde e segurança. Palavras estas que muito ouvimos falar em épocas específicas no Brasil. Passando tais épocas, tudo volta a ser como antes: as crianças voltam a ser invisíveis. Nossos governantes se preocupam, ou parecem se preocupar, com a violência. No entanto, a grande maioria não tem um olhar atento para as crianças, para a sua formação. A preocupação maior é com a construção de presídios, pois acreditam que prendendo o bandido a sociedade vai ficar mais segura. Já a preocupação com creches e educação de qualidade não é tão importante, pois as crianças não fazem mal à sociedade, ou seja, abandonam as crianças nas rua de nosso país, esperam ela ficar adulta e violenta ( às vezes, não tão adulta ), para depois elas ocuparem as vagas em nossos decadentes e abarrotados presídios. Essas pessoas, via de regra,  também não tiveram acesso a uma formação adequada. Vejo como contraditório e perigoso um país que não prioriza a formação das crianças e sim a punição delas, quando se tornam adultas. Bizarro não?
   Comecei o texto questionando sobre ser criança ou adolescente aos 12 anos, mera definição de termos, nomenclatura desnecessária a meu ver. O que realmente interessa é o depoimento de uma mãe, cujo filho já está envolvido com tráfico e ela não ter estrutura emocional, financeira ou qualquer outra para salvá-lo. Seu filho já está à margem da sociedade e, por enquanto, só tem 12 anos. ( NILVA MEDEIROS KATAOKA, servidora pública em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, quarta-feira. 30 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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