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domingo, 9 de agosto de 2015

OS NOVOS PAIS



   As relações familiares têm passado por um grande processo de mudança nos últimos anos e, dentre elas, pode-se destacar o papel da paternidade. Hoje, o pai não é mais visto prioritariamente como o único provedor financeiro da família. Ambos (pai e mãe) possuem essa função. Com um número expressivo de mulheres trabalhando fora, o homem tem assumido muitos papéis que antes não faziam parte do seu cotidiano.
   E eles estão no caminho certo. É importante dividir, compartilhar, abraçar, viver a vida familiar de forma mais completa que se puder. Todos ganham. Os pais estão cada vez mais participativos, não somente na criação dos filhos, no acompanhamento da vida escolar, nas atividades de lazer, com os cuidados médicos das crianças, mas também no gerenciamento de questões domésticas, como as compras de supermercado, a organização da casa, entre tantos outros cuidados com o lar e a vida familiar que antes eram assumidos e realizados pela mulher e que os homens também têm realizado com amor e afinco.
   Esta redefinição da função do homem e da paternidade tem mudado as relações parentais para melhor, e estas mudanças são muito positivas para todos os membros da família, na medida em que se amplia o amor e a cumplicidade: pai e filho têm mais acesso à vida um do outro, facilitando o estreitamento dos laços afetivos.
   A desconstrução de papéis que antes era exclusivamente femininos tem oferecido um avanço significativo na função paterna. Hoje, é muito comum o pai que passa mais tempo em casa do que a mãe, e esta organização cotidiana tende a ser cada vez mais comum na sociedade atual.
   É importante pontuar que, a figura patriarcal ante “bem definida”  da figura paterna enquanto provedor financeiro e a figura materna como responsável pela criação dos filhos  não tem mais espaço nas práticas culturais modernas. Uma relação saudável inclui o modelo de pai ideal que é aquele que participa ativamente da criação dos filhos, é amoroso, cuidadoso, senta com os filhos para auxiliá-los na tarefa escolar, que reserva tempo para brincar, para educar e para torná-los crianças felizes e com muito envolvimento afetivo.
   E todos podem ajudar a construir relações cada vez melhores e mais saudáveis. Os homens têm suas responsabilidades, mas os filhos também podem contribuir para a construção e manutenção de uma relação repleta de afeto, respeitando e amando seus pais, sem esquecer que não estamos isentos de defeitos. Os filhos precisam entender que os pais podem ser “heróis”, mas são reais e falíveis.
   Sempre lembrando que os pais são modelos de educação para seus filhos hoje, e estes aplicarão muito do que aprenderam com eles ao educar os filhos no futuro. Que as relações sempre ganhem em amor. Feliz Dia dos Pais. ( CLAUDIA RAZENTE CANTERO, psicóloga do Instituto de Psicoterapia e Análise do Comportamento (PsicC) em Londrina, página 2, espaço ponto de vista, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 9 de agosto de 2015).

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