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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS




   Essa questão volta periodicamente em debate – como lemos recentemente neste jornal – e as opiniões divergem. O fato é que, mais relevante do que levar esse estudo às escolas será saber o que se pretende ensinar. Se for a história das religiões, será apenas uma disciplina a mais e o acúmulo do que, mais ou menos, já se sabe, portanto de relativo enriquecimento; se for uma diretriz catequética, poderá pender para a predominância deste ou daquele sistema de crença, e resultará no robustecimento dos conflitos já existentes. Deveria ser algo que edificasse o discípulo no sentido de sua verticalidade espiritual, que é diferente de formação religiosa, porque esta segue fundamentação eclesial e não propriamente um ensino consciencial de religião com nossa origem primeira.
   Imagina-se que o compêndio fundamental seria a bíblia, mas o conteúdo dessa escritura foi tantas vezes adulterado e tem tantos pontos incompreendidos e outros de menor interesse. Ensinar a natureza divina do homem e que um fragmento de Deus reside nele. Esta seria a fórmula, mas como tal não é a doutrina primordial das igrejas dominantes, não se sabe que mestre escolar se ocuparia disto. Fazer um apanhado nas searas mais iluminadas de cada religião seria um caminho, mas quem faria essa seleção, se não existe um consenso?
   Seria preciso incursionar também pelo campo pouco sondado da ciência espiritual, vasculhar or arquivos de milenares sabedorias e incluir as revelações atuais de mensageiros dos  planos  mais elevados, Jesus entre eles, despertando no homem a sua espiritualidade latente. E, sem impor, ao menos permitir a discussão de temas pouco aceitos pelas religiões tradicionais, como nossas existências sucessivas, a preexistência da alma e sua transmigração por diferentes estágios evolucionários, a reencarnação, o significado verdadeiro da salvação de que tanto se fala, conceitos sobre o povoamento do universo por seres semelhantes a nós, as leis de causas e consequências – que são leis de Deus. Fundamental seria direcionar o estudante para uma mais expandida cosmovisão, exaltar sua genealogia divina e sua majestade individual, fazendo-o compreender que é cocriador com Deus e parte integrante do conjunto universal, no qual age e interage. (WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2, FOLHA OPINIÃO, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira, 20 de agosto de 2015). 

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