Páginas

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

AS LUTAS DE MAYARA

  


   Com vários títulos em apenas sete meses de competições, Londrinense busca patrocinadores para alçar vôos maiores.
   Há menos de dois anos treinando e há apenas sete meses competindo, a londrinense Mayara Monteiro, 28 anos, tem se destacado e conseguiu resultados expressivos no jiu-jitsu. Em 2015, já foram vários títulos e agora ela quer vôos maiores, mas esbarra no grande problema da maioria  dos atletas brasileiros: a falta de patrocínio.
   No final da semana passada, Mayara foi campeã sul-brasileira  da categoria super-pesado adulto e terceira no absoluto, na competição realizada em Florianópolis. No final de julho, repetia os resultados no Internacional Open do Rio de janeiro. Em junho, na sua primeira disputa na faixa azul, venceu o Open de Curitiba. Em abril, conquistou o título brasileiro da faixa branca. Atualmente, é a 105ª no ranking mundial.
   “Estou muito feliz com os resultados, já que estou apenas há dois meses competindo na faixa azul. Acho que é o fruto de muita dedicação e disciplina. Realmente foco no objetivo e vou atrás dele”, ressalta Mayara, que conheceu a modalidade pelo irmão. “Me identifiquei com os treinos e as competições. Mudou meu estilo de vida”.
   O técnico Diego Rossi, elogia a evolução da atleta e diz acreditar que ela tem ainda muito potencial. “Em pouco tempo, ela já conseguiu muita coisa. Se aperfeiçoando com o passar do tempo, ela será uma adversário muito difícil de ser batida”, aponta o professor da Academia Gracie Barra. “Usamos aqui a mesma metodologia de treinamento que os grandes campeões. Por isso, com apenas dois anos na cidade, já temos atletas com resultados expressivos”.
   Mayara não diminui a rotina de treinos e se prepara para mais três competições ainda em 2015. O Open de São Paulo, no fim do mês, o Open de Florianópolis, em outubro, e Campeonato Sul Americano, que ocorre em novembro, em Barueri-SP. Para o próximo ano, ela quer ir  além .
   “O meu desejo é disputar o Campeonato Europeu em janeiro, e o Mundial, que será na Califórnia (nos estados Unidos). Mas, para isso preciso de recursos e patrocinadores. Até agora todos os meus custos foram bancados com dinheiro arrecadado em rifas, festas e promoções. Sempre viajo com o dinheiro contado. Ganhar medalhas se torna até fácil na comparação em ter que buscar os recursos para não parar de lutar”, revela a lutadora, que trabalha como promotora de eventos. ( LUCIO FLÁVIO CRUZ – Reportagem Local, página 12, FOLHA DE PRIMEIRA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda-feira, 10 de agosto de 2015).

Nenhum comentário:

Postar um comentário