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terça-feira, 16 de junho de 2015

EMPREENDIMENTOS PODEM TRANSFORMAR LONDRINA EM POLO TECNOLÓGICO DA SAÚDE



Dois grandes projetos foram anunciados recentemente :um de próton terapia. Para o tratamento de câncer, outro que vai oferecer serviços médicos de ponta; para o Codel, o cenário confirma um talento natural da cidade

   Nos últimos anos, Londrina atraiu muitas empresas do setor de tecnologia, principalmente por causa da infraestrutura e da mão de obra disponíveis. Agora, essa atração começa a se segmentar em uma área em que a cidade é referência na região: a saúde. O perfil da boa parte das empresas que se preparam para vir para cá deve transformar Londrina em um pólo de tecnologia médica, odontológica e de bem-estar.
   As notícias dos últimos dois meses dão uma amostra dessa tendência. Em abril, a Próton Brasil anunciou que vai instalar em Londrina o primeiro centro de próton terapia do hemisfério sul, para o tratamento de câncer. Antes disso, a cidade vai conhecer o Palhano Medical Center, um centro médico de alta tecnologia que vai oferecer serviços de medicina de ponta.
   E não é só isso. Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) Bruno Veronesi, a maioria das empresas que se preparam para instalar no Parque Tecnológico é da área de biotecnologia. “Algumas ainda aguardam o processo de doação de terrenos, mas já têm parceria fechada”. Segundo ele, essa demanda só reforça um talento natural da cidade. “Londrina sempre foi muito forte na medicina, atendendo a  toda a  região e até pessoas de muito longe que vêm se tratar a
qui”.

   Próton Brasil

   A cidade foi escolhida pela Próton Brasil para abrigar o centro de próton terapia por estar geograficamente bem posicionada no Sul do País e por ser o berço de muitos talentos. “Traçando um eixo de uma hora de avião ou de  cinco horas de caro, Londrina atinge uma população de 160 milhões de pessoas, tem aeroporto 24 horas e cerca de 40 mil universitários. É um terreno muito fértil”, argumentou o CEO da empresa, Pedro da Silva Brito Junior.
   Serão investidos, acrescentou ele, R$ 350 milhões numa estrutura com área de 10 mil metros quadrados. As obras terão início em Janeiro de 2016 e o centro deve entrar em funcionamento dois anos depois. “Teremos uma equipe multi-competente de 150 profissionais, incluindo físicos e médicos nucleares, e equipamentos de última geração que permitirão uma visão 3D dos tumores”, explicou. O centro terá também infraestrutura de radioterapia, quimioterapia e diagnóstico. Ao todo, 6.6 mil pacientes deverão ser tratados por ano, com mais de 15 mil procedimentos.

   Centro médico

   O Palhano Medical Center promete modernizar o atendimento médico em 
Londrina. “Esse empreendimento vai trazer equipamentos de ponta e a modalidade hospital-dia ( otimização do serviço para que pacientes fique, no máximo, 12 horas no local, que é novidade na cidade!, adiantou o presidente da GBX  Incorporadora, Fábio Navajas.
   Londrina foi escolhida por sua excelência na área médica e por ser considerada um pólo de saúde. “ A cidade tem um corpo médico dos melhores e mais experientes do Brasil. Merece uma instalação à sua altura”.
   O centro vai reunir consultórios médicos de diversas especialidades, consultórios odontológicos, clínicas médicas, centro de diagnóstico médico, laboratório clínico, hospital geral, hospital-dia e serviços de apoio.

   Experiência

   Falta de mão de obra qualificada


  Há 20 anos, o dentista Roberto Alcântara fundou em Londrina a Angelus, empresa especializada em pesquisa, desenvolvimento e fabricação de produtos odontológicos com alta tecnologia.
   De acordo com ele, que também é presidente da Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina (Adetec), a falta de mão de obra qualificada ainda é um impedimento para o fortalecimento do setor. “Mas temos um grande número de faculdades, com cursos de engenharia e outros que ajudam muito para que a cidade se estabeleça como um pólo de tecnologia da saúde”.  O porte e a infraestrutura também são importantes nesse desenvolvimento., na opinião de Alcântara. Além da Angelus,  Londrina tem outras três  empresas voltadas ao mercado odontológico. (
 JULIANA GONÇALVES  gonçalves@gazetadopovo.com.br   publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 14 de junho de 2015).

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