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domingo, 31 de maio de 2015

RESULTADOS E MUDANÇAS




   O resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforça a percepção de trabalhadores e empresariado de que a economia não vai bem. Conforme o levantamento, a produção de bens e serviços do País caiu  0,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com os últimos três meses de 2014, para R$ 1,408 trilhão . É o pior resultado desde o segundo trimestre do ano passado, quando houve recuo de 1,4%; no último trimestre do ano passado, o PIB subiu 0,3%.
   No entanto, a discussão que vem à tona é o que será feito para reverter esse resultado. Queda na produção leva automaticamente ao desemprego (que já começou a aumentar) e à redução do consumo. É uma sucessão de notícias negativas que precisam ser rompidas. É óbvio que são necessários investimentos, mas o governo também já anunciou cortes no orçamento e os fundos tradicionalmente utilizados para financiamentos de obras ou para empréstimos também estão se esgotando. Um exemplo claro são os financiamentos para o sistema nacional de habitação que foram reduzidos drasticamente.
   O momento exige sensatez das autoridades até porque a economia não pode ser estimulada artificialmente. Uma medida como essa contribuiria ainda mais para aumentar a inflação, que já está na casa dos 8%. E, além de tudo isso, há os escândalos de corrupção. Embora as investigações da Operação Lava jato não tenha chegado ainda à presidente Dilma Rousseff  (PT), e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros, há toda uma crise de confiança. Como acreditar que um governo que gerou um prejuízo bilionário na maior estatal brasileira – uma empresa petrolífera que detém o monopólio da produção  de gasolina e derivados no País – conseguirá tirar o País de uma crise sem precedentes como essa?
   O cenário aponta para tempos difíceis, mas é preciso cobrar do governo ações mais assertivas e a criação de uma agenda positiva.  O ambiente deve ser mais propício aos negócios. A burocracia e os debates ideológicos não devem continuar interferindo na economia. O empresariado, os produtores rurais e os trabalhadores fazem a sua parte, continuam a trabalhar e a investir. Já  passou da hora de gestores públicos pensarem também na  construção de um país melhor.( Página 2, FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sabão, 30 de maio de 2015).

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