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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O PAÍS DO APAGÃO



     Dilma mandou anunciar seu pacote de maldades no dia do apagão. A coincidência não deixa de ser  simbólica, afinal, o governo vem promovendo apagões em número quase tão grande quanto o de ministérios e cargos comissionados em Brasília.
     Com a nova alta de impostos anunciada pelo ministro Joaquim Levy, teremos mais um apagão no bolso dos brasileiros e na competitividade das empresas. Em conseqüência, o País corre o sério risco de enfrentar um apagão dos empregos. Como se não bastasse, temos aumento de impostos e pedágio também aqui no Paraná.
     O apagão fiscal já havia sido decretado, quando Dilma deixou de cumprir o superávit. Fechamos o ano de 2014 com vergonha de nosso governo – que gastou mais do que arrecadou, passando um exemplo de irresponsabilidade e descontrole ao País.
     O apagão educacional pode ser visto nas péssimas classificações dos alunos brasileiros em ranking internacionais  e no festival de notas zero em redação no Enem.  Muitas escolas públicas deixam de ensinar português e matemática  para fazer doutrinação ideológica. Lembrando que esses três níveis é responsabilidade de governo: União, estados e municípios.
     O apagão diplomático vem corroendo a imagem do  Brasil mundo afora. Damos guarida a terroristas. Enviamos dinheiro para o regime cubano. Fazemos alianças com ditaduras e ignoramos democracias desenvolvidas. Não por acaso, ninguém notou a ausência da presidência durante as manifestações em  Paris. .
     O apagão de segurança se traduz em 60 mil homicídios, índice mais alto que o de países em guerra civil. Dilma pediu clemência para o traficante preso na Indonésia, mas não se vê o mesmo empenho da presidente em amparar as vítimas brasileiras do tráfico e da criminalidade.
     O apagão de planejamento aos poucos vai mostrando seus efeitos perversos. Temos problemas no fornecimento de energia, no abastecimento de água e na infraestrutura.  O Brasil corre o risco de ficar no escuro, na seca e no isolamento. No Paraná, continuamos com sérios problemas infraestruturais e logísticos.
     O apagão de crescimento condena o País ao pibinho. Há pouquíssimos investimentos na produtividade. Os economistas já dizem que teremos crescimento praticamente zero  em 2015.
     O apagão moral permitiu que malfeitores tomassem conta da Petrobras, levando-a para o fundo do poço. O petrolão  já é considerado um dos maiores escândalos de corrupção da história – e a presidente é incapaz de mudar o comando da empresa!
     O  apagão da credibilidade acontece quando a presidente Dilma faz exatamente o contrário de tudo  aquilo que prometeu durante a campanha.
     Apesar de tudo, existe algo que o governo  não consegue apagar: a esperança do povo brasileiro. Nós não vamos aceitar esse estado de coisas. Iremos às ruas, se preciso for. Há sempre uma luz para quem acredita no Brasil.  ( Texto escrito por VALTER LUIZ  ORSI, presidente ds Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), pag.  2, extraído do espaço PONTO DE VISTA, publicado no
JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira, 23 de janeiro de 2015).

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