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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

FÉRIAS MELHORES, COM BOAS LEITURAS



     Ler aquilo de que se gosta é um dos grandes prazeres da vida. É bálsamo  para as horas de tédio ou de ausência de companhia. O dia termina em conflitos? Ofensas? Socorra-se em Montesquieu: “Jamais sofri qualquer mágoa que uma boa leitura não tenha curado”.
     Em diversas ocasiões, o nosso colégio trouxe a Curitiba escritores da Academia Brasileira de Letras para palestrar aos alunos. Depois de um desses eventos, sorvendo um copo de vinho numa mesa de jantar, Nélida Piñon instiga Carlos Heitor Cony:  “A leitura é a coisa mais erótica da vida”, provoca Nélida. “A leitura é o maior prazer da vida, depois daquele outro”, complementa Cony com um sorriso maroto.
     Nas férias, nem o adulto, nem o estudante precisam  ficar longe das leituras sob o pretexto de “esfriar a cabeça”. Ler jornais, revistas ou livros, além de útil, é aprazível. Desperta e consolida um hábito nobre, intensamente valorizado na vida profissional e nos vestibulares. Mais e mais os concursos priorizam o aluno-leitor, aquele que compreende e produz bons textos e, por conseqüência, é mais criativo, inovador, melhor verbaliza as idéias e é capaz de expô-las em público. Oportuna são as palavras de Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano: “Os analfabetos deste século não são aqueles que não saber ler ou  escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender “.
     Por que a maioria dos nossos alunos obtém notas baixas nas provas do Enem e do Pisa?  São avaliações com textos longos que requerem interpretação,  raciocínio, contextualização , enfim, não apenas conteúdos específicos  das disciplinas . São habilidades cognitivas que só  incorporam os leitores contumazes. A propósito, no último Pisa (divulgado em 2014), pontuamos entre os últimos: 58ª posição, num universo de 65 países.
     Se os músculos se fortalecem com os exercícios físicos, igualmente o cérebro necessita de sinapses através dos neurônios:  leituras, memorizações, exercícios que exijam raciocínio. E afastam ou minimizam o Alzheimer, a depressão e a solidão. Uma mente vazia ou preguiçosa é oficina de doenças e vícios. ( Texto escrito por JACIR J. VENTURI, professor e presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná ( Sinepe/PR), extraído do  ESPAÇO ABERTO, pag 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 15 de janeiro de 2015).
  

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