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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CHAVES DO CÉU



Foi sem querer querendo que ele  alegrou  nossa vida, que ele morou lá em casa, que ele entrou na família para nunca mais sair. Foi sem querer querendo que ele  aprontou    com o Quico,que ele casou com Florinda e disse: -Senhor Coração, o Senhor tem uma grande  barriga!
Foi sem querer querendo que ele foi  nosso bardo,  Shakespeare da criança quer o Sílvio Santos programou quando não tinha mais nada. Foi sem querer querendo que esse menino de rua sem amparo de ninguém, que dormia à luz da lua, pôde fazer tanto bem
Foi sem quere querendo que ele  foi contra o aborto, que ele era a favor da vida mesmo  em um mundo danado e em uma era perdida.
Foi sem querer querendo que ele  partiu  na sexta-feira deixando a criançada – hoje adultos estressados – com saudade a vida inteira
Chaves, Chaves querido, órfão desde o nascimento, que morava em um tonel, feito grego de outros tempos, agora mora no Céu
Chaves, Chaves colega,  foi encontrar seu Madruga na vila do Paraíso, bem melhor do que Acapulco. Moleque, tome juíz
Chaves, Chaves palhaço, inspiração na humildade,  humildade na inspiração, aceite o meu abraço e a nossa gratidã
Chaves, Chaves irmão, que dizia aos quatro ventos: - Ninguém tem paciência comigo! Saiba que meus pensamentos estão com você,  amigo.   Chaves, Chaves menino, agora eu também sou órfão e mais que nunca te  entendo. Obrigado por fazer tanto mesmo sem querer querendo!   ( Texto escrito por PAULO BRIGUET  briguet@jornaldelondrina.com.br  extraído do espaço  DIA DE CRÔNICA, pag 8 do JORNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 1 de dezembro de 2014).

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