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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

VONTADE

Aqueles que já leram meus “desabafos” sabem da minha preocupação com meus amiguinhos e  visitantes, assim como das demais pessoas , no que se refere à alienação ou distanciamento da vida real presente e apego à tecnologia. O grupo ao qual me reporto é aquele que se distancia do relacionamento real, valorizando  excessivamente o virtual. Conheço pessoas que voltam do trabalho, dormem umas 6 horas e passa a noite nas redes sociais, em salas de chat pela internet ou por telefone. Nada de tão anormal, porém, ao serem questionadas  sobre os acontecimentos do dia a dia e como tem sido o lazer da turma e suas perspectivas sobre a profissão a seguir, etc,  ficam emudecidas. Percebo uma dificuldade gigantesca em expor seus pensamentos. Fico assustado ainda mais quando tenho a oportunidade de ver a questão da escrita e da leitura. Peço que leiam – por exemplo – um torpedo que receberam e que demoraram muito na decodificação do mesmo. A dificuldade é tão grande que fico penalizado.
Talvez seja falta de motivação ou falha na educação de berço e do ensino fundamental. Culpa do sistema educacional que piora progressivamente segundo meu entendimento.  A falta de informação e o excesso de informação gratuita. Penso num garotinho  em uma loja repleta de presentes tentadores e a dificuldade da escolha. Por analogia é mais ou menos assim.  O meio termo  é sempre o fiel da balança. Toda manhã ao ler o Jornal de Londrina e Folha de Londrina vejo a riqueza de reportagens mostrando o sucesso obtido por muitos jovens, hoje empreendedores em potencial, pessoas aposentadas que voltam às atividades de trabalho e aos estudos, ONGs que lutam para a renovação de vidas, agendas culturais, enfim, um recheio fantástico de boas informações disponíveis gratuitamente. E o pior, uma parcela razoavelmente nada disso percebem.  O vocabulário é pequeno demais para entender o que foi redigido. Tento mostrar a disponibilidade de “conhecimentos, aulas em vídeos, cursos online  gratuito", e,  uso um pouco do meu parco conhecimento para estimulá-los . Alegam que o computador  corrige os erros e que a calculadora  faz as contas não havendo necessidade de saber a tabuada.  E por aí  segue uma infinidade de recursos que julgam suprir as falhas por mim alegadas. Felizmente sempre há algum  retorno.  Mas fico seriamente preocupado, assustado e triste. . Desculpem-me pelo desabafo. A vontade falou mais alto.  A educação é a base de tudo. Educação que vem do berço e a da Escola que enfrenta um desafio  assustador.


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