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sábado, 29 de novembro de 2014

LOUCURA



- Louca, eu ?
Quando rouca
De bradar que te amo
pelas ruas vago
Amargando a solidão
Que trago ?
De trago em trago
Te  ausentas  da vida...
Afugentas o amor
em espirais de cigarro..
Até nos passeios desconversas,
dizes palavras dispersas...
Se  me calo entristecida,
aumentas  volume do som do carro.
Em teu egoísmo esbarro.
É tão difícil compreender-te,
fazer-te feliz...
Mesmo assim, sempre te quis,
é   em ti que me amarro.
- Louca, eu ?
Nem tanto !
Não conheces o pranto
que  sufoco escondida...
Se amor é também loucura
sei que meu amor não tem mesmo cura :
- és a razão desta minha vida !
- Louca, eu?
Não...
- Eterna  mente  enlouquecida !  
    Escrito por nossa poetisa  LEONILDA YVONNETI SPINA, no livro de Poemas  GIRASSÓIS,  pag. 109, LONDRINA, 1998 )

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