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segunda-feira, 9 de junho de 2014

O PODER DAS MÃOS

          Carlos Drummond de Andrade afirmava que “ fácil  é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida “.
     As mãos expressam muito. Através de seus toques, de suas palmas, de seus gestos podem transmitir:  energia, carinhos, promessas, afagos, consolo, amor... ou  não.
     Delicadas ou grosseiras, dizem muito do que desejamos ou queremos dizer e, às vezes, dizem o que não queremos também,  prestando-se a milhares de coisas.
     Seja em gestos religiosos, seja para exercícios de cura, seja para o trabalho profissional ou mesmo para aqueles cotidianos e  corriqueiros atos domésticos, elas encontram-se sempre permeando as ações do humano, quer retratando o que dita o cérebro ou o que manda o coração.
     Jesus, com amor, as utilizava para curar assim como fazem algumas pessoas hoje em dia com a imposição delas.
     Algumas das benesses das mãos são descritas por Moacyr Franco na bem escrita letra de sua música Balada das mãos.


     De modo que, as mãos servem para curar e abençoar, apesar de que o reverso disso também seja utilizado por muitos de nós. Nesse caso vale relembrar o poema de Billy Blanco, autor  da música Canto Chorado, que apregoava em sua letra “ O que dá pra rir, dá pra chorar”, acrescentando que tudo é uma “  questão  só de peso e medida, problema de hora e de lugar “ o que serve para todas as coisas da vida e, portanto, para as tarefas realizadas pelas mãos. Só depende de quem comanda as ordens, se é a razão ou o coração, a justiça ou a injustiça,  o amor ou a falta dele, a humanidade ou a desumanidade...    

 ( CRÕNICA  escrita por MARINA I. BEATRIZ POLONIO – ESCRITORA DE Cambé, publicada na FOLHA DE LONDRINA, dia 4 de junho de 2014 ). 

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