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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

QUALIDADE DE AR NO BRASIL


   Sete milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo devido a poluição do ar. No Brasil, são 51 mil óbitos. Os dados são da OMS (Organização Mundial de Saúde). A poluição do ar tem preocupado tanto especialistas dos quatro continentes que a OMS realiza no final deste mês de outubro, em Genebra, na Suíça, o primeiro congresso global sobre o tema. A proposta da entidade é debater as recomendações da organização aos países-membros visando melhorar o meio ambiente. São novas indicações que permitam melhorar as políticas públicas para a qualidade do ar e que foram apresentadas dias atrás no Brasil pelo presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), Carlos Bocuhy. 
   Um dado preocupante é que o País ainda conta com padrões de controle da poluição de 1990, extremamente defasados frente ao conhecimento médico- científico atual. Isto quer dizer que a legislação brasileira está ultrapassada e há dúvidas sobre o empenho das autoridades políticas em fazer alguma coisa para atualizá-la. O instituto fez uma crítica à OMS, argumentando que as organizações da entidade, embora sejam fundamentais, acabam deixando em aberto um grande espaço subjetivo sobre a implementação nos países menos desenvolvidos. Por conta dessa subjetividade, segundo Bocuhy, setores industriais e governamentais do Brasil não se sentem na obrigação de adotar os padrões mais modernos. 
   As recomendações de qualidade do ar da OMS são destinadas ao uso em todo o mundo, mas foram elaboradas para respaldar medidas orientadas a se obter uma qualidade de ar que proteja a saúde pública em situações distintas. As normas de cada país variam em função da viabilidade tecnológica, os aspectos econômicos e outros fatores políticos e sociais. 
   A baixa qualidade do ar é um mal silencioso, que não afetam apenas as grandes cidades. O ar é um dos principais elementos à vida e sofre drasticamente com a ação do homem no meio ambiente. As mudanças climáticas estão aí para apontar as consequências do desrespeito ao planeta. A poluição atmosférica é provocada pela queima de combustíveis fósseis, emissões de gases industriais, desmatamento, queimadas, entre outras. Modernizar a legislação e rever políticas públicas são atitudes necessárias, assim como incentivar uma mudança de comportamento na sociedade. (FONTE: Editorial da Folha de Londrina, coluna OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira. 1 de outubro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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