Já há alguns anos, o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) vem apontando a ocorrência de um fenômeno, a interiorização da riqueza e dos postos de trabalho. A última divulgação do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), nesta semana, comprova essa tendência. Indústrias e seus respectivos empregos estão deixando a Região Metropolitana de Curitiba em direção aos principais municípios do interior. Segundo os números do Caged, é o que aconteceu, por exemplo, em Pato Branco, Maringá e Cascavel. . Impulsionados principalmente pela indústria alimentícia os três municípios apresentaram saldos positivos de 2.105, 2.033 e 1.546 empregos no ano. No mês de setembro, as cidades que geraram mais vagas de emprego foram Pato Branco, São José dos Pinhais e Ponta Grossa. É a contratação com carteira assinada dando sinais de que há luz no fim do túnel. Mas na contramão está Londrina, com saldo negativo de empregos no mês de setembro. Segundo o Caged, foram contratados 5.278 e 5.425 londrinenses – fechamento de 147 vagas. O saldo do ano, de janeiro a setembro, também é negativo, com 51.652 admissões 52.463 desligamentos, o que equivale ao fechamento de 811 postos de trabalho. A vocação econômica de Londrina explica a situação. Os setores de comércio e serviços têm maior participação na economia local e são áreas que demoram mais tempo a se recuperar de uma crise. Enquanto localidades com parque industrial fortalecido veem uma recuperação mais rápida. A esperança é que para Londrina, a virada começe com as contratações do comércio para o mês de dezembro, de olho nas vendas de Natal. Diante da retomada da economia, muita gente está confiante numa boa recuperação do comércio e com a expectativa de oportunidades de emprego em 2018. (OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 25 de outubro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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