A próxima reforma importante a chegar para apreciação no Congresso é a tributária. A previsão é de que, no próximo mês, as mudanças que devem simplificar o sistema tributário sejam votadas no plenário da Câmara. Deverão ser extintos oito impostos, entre eles, ISS, ICMS, IPI, PIS e COFINS, conforme adiantou em entrevista à FOLHA, na edição desta quinta (3) o relator do projeto, deputado federal Luiz Carlos Hauly do PSDB do Paraná. Ele não quer atrasos na votação, por isso pretende chegar ao plenário com consenso para evitar demora. Para o deputado paranaense, a carga tributária é uma das responsáveis pelo crescimento no Brasil abaixo da média mundial nos últimos 40 anos. O novo sistema tributário, de acordo com o projeto que está sendo elaborado, teria três categorias: IVA (Imposto de Valor Agregado) e Imposto Seletivo Monofásico, na base do consumo; além de impostos na base de renda (IR e impostos patrimoniais). De acordo com o relator, os tributos na base do consumo a serem eliminados serão substituídos pelo IVA nacional e pelo imposto monofásico, sistema pelo qual se atribui a um contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em toda a cadeia. Este último terá cobrança nacional, no destino, de forma eletrônica. Ou seja, passou o cartão no comércio, o dinheiro do imposto já fica retido. Uma proposta que pode diminuir a sonegação. E a a arrecadação seria igualitária entre União, Estados e municípios. O poder público abocanha, na forma de tributos, 35% da riqueza nacional. Nas últimas décadas, houve um aumento crescente da carga tributária. Recentemente, a elevação do PIS/Cofins dos combustíveis fez o preço da gasolina atingir um aumento recorde. O contribuinte paga imposto demais e recebe pouco em troca. São vários dias trabalhados para pagar impostos. É um sistema de arrecadação complexo e que gera insegurança, prejudicando o crescimento do país. Com essa simplificação as empresas brasileiras terão mais chances de competir no mercado internacional e atrair investimentos estrangeiros. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 3 de agosto de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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