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terça-feira, 4 de julho de 2017

TABAGISMO AINDA MAIS PERIGOSO


   O município de Londrina tem cerca de 100 pontos de venda de cigarro contrabandeado. Eles são encontrados facilmente em esquinas, canteiros e próximos a rotatórias. O padrão dos vendedores é expor o produto – geralmente poucos maços – em pequenas mesas baixas. Normalmente estão acompanhados de DVDs piratas. O preço, grande chamariz, é bem menor do que o praticado no comércio legal. Enquanto o Ministério da Fazenda fixou o valor mínimo para a comercialização de R$ 5 o maço, os ilegais são comercializados por aproximadamente R$ 3. Os usuários que buscam esse tipo de produto – a maioria é fabricada no Paraguai – estão preocupados com o bolso, mas esquecem da saúde. Um estudo desenvolvido por um grupo da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), durante quatro anos, revelou que os cigarros que entram ilegalmente no Brasil contém pelos de animais, colônias de fungos, restos de insetos e metais altamente tóxicos, como chumbo, cádmio, níquel, cromo e manganês. Todos com níveis até dez vezes maiores do que os brasileiros. Os pontos de vendas de cigarros contrabandeados foram mapeados pela ABCF ( Associação Brasileira de Combate à Falsificação). Londrina preocupa os órgãos de fiscalização, pois é uma importante rota de passagem para Estados do Centro-Oeste e Sudeste. Somente. Somente em 2015, o Ministério da Saúde contabilizou que o tabagismo foi responsável por 156 mil mortes no Brasil, o que representa 12,6% de todos os óbitos de pessoas com mais de 35 anos. E se não bastasse o alto número de vítimas, o consumo de cigarros contrabandeados torna o tabagismo ainda mais perigoso. (OPINIÃO, página 2, terça-feira. 4 de julho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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