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quinta-feira, 6 de julho de 2017

O REFLEXO DA CRISE NA POLÍCIA RODOVIÁRIA


   O contingenciamento orçamentário do governo federal vai afetar serviços que eram prestados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). O órgão anunciou ontem que deixará de realizar várias funções, entre elas a suspensão imediata de resgates e policiamento aéreo. Suspensas também as escoltas, prestadas normalmente a veículos com cargas superdimensionadas. Além disso, serão reduzidos os patrulhamentos terrestres e o horário de atendimento ao público nas unidades administrativas sofrerá mudanças. Unidades operacionais serão reduzidas em vários Estados e a polícia vai priorizar os acidentes com vítimas e enfrentamento a ilícitos. Por enquanto, no Paraná, está confirmada a suspensão do resgate e do policiamento aéreo, além das escoltas. O contingenciamento foi implantado pelo presidente Michel Temer por meio do decreto 9.018/2017, que trata da programação financeira e orçamentária do Poder Executivo para o ano de 2017. A medida afetou diretamente a aquisição de combustível e pagamentos de manutenção e diárias na Polícia Rodoviária Federal. Levando em consideração o importante trabalho que a corporação exerce nas rodovias brasileiras, com ações de fiscalização e prevenção de acidentes, é nítido que haverá um impacto grande nos serviços. Há alguns dias, os mesmos motivos levaram a Polícia Federal a reduzir a emissão de passaportes. É mais uma consequência da crise econômica que se arrasta e as soluções para ela são bem conhecidas, passando por reformas profundas em discussão no Congresso Nacional. O diagnóstico da recessão é conhecido há muito tempo e os gastos públicos descontrolados estão entre as principais causas. Mais uma vez, a sociedade pagará pela falta de planejamento e pela ausência de políticas públicas competentes. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 6 de julho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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