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sábado, 29 de julho de 2017

O AGRONEGÓCIO E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS


   Quando se fala em mudanças climáticas, é comum destinar ao agronegócio uma boa parcela de culpa. Mas a fama de vilão do meio ambiente para a pecuária e para a agricultura não pode mais ser generalizada. Foi essa uma das principais análises levantadas durante o 9ª EncontrosFolha, promovido pelo Grupo FOLHA na sexta-feira (28). Essa edição do Encontros abordou o tema “Como as mudanças climáticas desafiam o crescimento econômico”. Para o palestrante do evento, o professor do ISAE FGV Cleverson Vitório Andreoli, nem o Brasil, nem o produtor brasileiro são os vilões do meio ambiente. Para o professor, o produtor nacional não pode ser chamado de “troglodita”, lembrando que a agricultura ocupa 8% do território nacional (metade da área preservada) e o País tem uma rigorosa legislação relacionada à ecologia. Mas ressaltou que o papel do agricultor e do pecuarista no combate às mudanças climáticas ganhará mais importância se a classe avançar fortemente em práticas de sustentabilidade nas propriedades. Principalmente porque será ele próprio o maior beneficiado pela implantação dessas ações sustentáveis. Afinal, os impactos climáticos são uma dura realidade para quem vive do campo. As ondas de calor frequentes, períodos longos de seca e volumes de chuva surpreendentes afetam o agronegócio. É natural e necessário que a discussão sobre o efeito estufa ganhe corpo nesta era Donald Trump. É necessário continuar cobrando avanços, em relação ao meio ambiente, na postura dos produtores rurais e dos demais empresários. A sociedade em geral precisa se envolver. Vivemos em um mundo em aquecimento, problema criado pela ação do homem. Compreender a gravidade da situação é o primeiro passo. Mas é preciso também se conscientizar da importância de adotar um estilo de vida mais sustentável. (OPINIÃO, página 2, 29 e 30 de julho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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