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quinta-feira, 27 de julho de 2017

DEPENDÊNCIA FINANCEIRA


   Em tempos de “vacas magras” nos cofres públicos, as áreas da cultura e do esporte são as primeiras vítimas dos cortes nos orçamentos. Do governo municipal ao federal, os investimentos nestes importantes setores são cada vez mais escassos. 
   No início de 2012, Londrina lamentou o incêndio que destruiu o Cine Teatro Ouro Verde, que começou a ser restaurado dois anos após a tragédia. No final do mês de junho, os londrinenses mataram a saudade do Ouro Verde depois do hiato de mais de cinco anos. Uma grande festa marcou a reinauguração do local, renascido das cinzas. Mas a realidade não é tão colorida quanto a sonhada durante as apresentações no palco do teatro, que recebeu o FMI, (Festival Internacional da Música de Londrina) no mês de Julho. Depois de 25 dias de movimentos, sons, ritmos e vidas, o Ouro Verde voltou a fechar as portas sem funcionários para garantir a segurança do local e o atendimento ao público. 
   Em entrevista à FOLHA, a diretora da Casa de Cultura da UEL, Cleusa Cacione, confirmou que o funcionamento do teatro é é inviável enquanto a equipe não é reposta. O Ouro Verde conta com apenas três funcionário, mas 18 seriam necessários. Na memorável noite de reinauguração, no dia 30 de junho, o governo do Estado anunciou a nomeação de 15 funcionário para o local, mas os servidores ainda aguardam o decreto e a publicação em Diário Oficial. Enquanto isso, quem passa pelo Calçadão volta a encontrar o Ouro Verde, em silêncio, de portas fechadas. O Museu Histórico vive situação semelhante com funcionamento ameaçado sem a reposição de servidores, aposentados nos últimos anos. 
   Ontem, a FOLHA mostrou outro espaço público que depende dos recursos financeiros para voltar a cumprir seu papel social . O Ginásio Alceu Malucelli, antiga sede da Alga (Associação Londrinense de Ginástica Artística), foi destruído por um incêndio no mês passado. Sem recursos municipais, a FEL, (Fundação de Esporte de Londrina) protocolou um projeto no Ministério do Esporte para revitalizar a praça esportiva e transformar o local com a instalação de centros de luta, de futsal e de futebol para atender os praticantes das modalidades. A reforma do espaço para ativação dos projetos custará cerca de R$ 5 milhões. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 26 de julho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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