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sexta-feira, 2 de junho de 2017

FUTURO COMPROMETIDO


   A decisão não surpreendeu. O presidente Donald Trump já havia declarado durante a campanha à presidência dos Estados Unidos que o país deixaria o Acordo de Paris sobre o clima. O anúncio, com a confirmação, foi feito nesta quinta-feira, 1º de junho. O acordo foi assinado em dezembro de 2015 por 197 países e blocos. O que significa a saída do segundo maior emissor de gás carbônico do mundo desse compromisso? A princípio, significa que o governo Trump está livre de cumprir a meta assumida pelo ex-presidente Barack Obama: reduzir de 26% a 28% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2025. 
   Os interesses econômicos venceram a preocupação com o futuro do planeta. O tratado de Paris é a principal iniciativa global para frear as mudanças climáticas, criando o compromisso de manter o aquecimento da Terra abaixo de 2º C (em relação à era pré-industrial) até o fim do século, tentando limitá-lo a 1,5ºC.
   A decisão de Trump deve ter impacto na conduta de outros governos, principalmente os de países em desenvolvimento como China e Índia. Só para comparar, estudo recente apontou que a poluição do ar foi responsável por 1,1 milhão de mortes prematuras por ano na Índia – número bem próximo do verificado na China que tem enfrentado altos índices de poluição. 
   O presidente dos Estados Unidos rejeita a previsão de cientistas em relação às consequências do aquecimento global. As pesquisa mostram que o clima da Terra sofrerá mudanças catastróficas, com o derretimento de geleiras, elevação do nível do mar e maior intensidade de eventos extremos como tempestades, enchentes, secas e furacões. O magnata eleito no ano passo ignorou a comunidade científica e colocou as suas metas de crescimento industrial acima das esperanças do planeta. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 2 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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