EXCESSO DE VELOCIDADE, O NOVO PROBLEMA DA PR-445

1.    Antiga demanda dos moradores da Região Metropolitana de Londrina, a duplicação do trecho urbano da rodovia Celso Garcia Cid, a PR-445, trouxe sensível melhoria para quem trafega por ela. O asfalto novo e as pistas largas trouxeram um novo problema: o excesso de velocidade. A estimativa é que 20 mil veículos passe por lá e boa parte deles ultrapassa os 80km/hora – limite máximo permitido. A liberação das obras aconteceu há um mês e, segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), não é raro flagrar veículos trafegando acima dos 120km/h. E as operações com radar estão sendo realizadas com frequência, diz a polícia, que espera agora que as multas aplicadas sirvam de motivação para que os motoristas reduzam a velocidade. Por enquanto, as penalidades não estão surtindo efeito. Moradores das imediações reclamam que os carros passam com velocidade tanto na pista quanto na marginal e pedem a instalação de radar ou redutores de velocidade. O trecho entre os viadutos das avenidas Dez de Dezembro e Waldemar Spranger foi o último a ser liberado. Desde então, a PRE contabiliza três mil autuações por excesso de velocidade na rodovia. Em um único dia, o policial responsável pela fiscalização com radar fez mais de 300 autuações. A multa é cara para os motoristas flagrados trafegando acima da velocidade permitida. Ela varia entre R$ 130 e R$ 880, dependendo da velocidade. Quem corre mais riscos são os pedestres. A construção de três passarelas está em processo de licitação e, mesmo onde há o equipamento, muitas pessoas preferem atravessar pela pista, se arriscando em locais onde o movimento de carros é grande. A estrada de boa qualidade acaba motivando o motorista a conduzir o carro com mais velocidade. Uma grande imprudência, pois o trecho da PR-445 que atravessa Londrina é muito movimentado. As placas de sinalização indicativas de velocidade estão presentes em bom número, mas parece que não o suficiente para conscientizar os motoristas. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 22 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).