Páginas

quinta-feira, 15 de junho de 2017

ÁLCOOL E DIREÇÃO


   O número de condutores flagrados embriagados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) saltou de 828, entre janeiro e maio de 2016, para 1.050 no mesmo período de 2017. Os números são apenas em relação às rodovias federais paranaenses. O crescimento, de 27%, mostra que os motoristas brasileiros não estão sensibilizados pelos problemas causados pela união de álcool e direção. Ao que tudo indica, nem mesmo a alteração recente no Código de Trânsito Brasileiro está ajudando na mudança do comportamento. Outro dado que precisa ser analisado pelas autoridades da área de trânsito: o teste simples que que identifica a embriaguez ao volante tem sido rejeitado pelos motoristas. Segundo a PRF, o número de condutores que se recusaram a fazer o exame de etilômetro, o famoso “teste do bafômetro”, aumentou em 29% entre janeiro e maio de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. Essas estatísticas também são apenas em relação às rodoviárias  federais do Paraná. Em 2017, 761 pessoas abordadas pela equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) decidiram não assoprar o equipamento. No mesmo período do ano passado, 588 se recusaram a fazer o exame. Em 2016 foram 1.500 recusas no total. Está claro que os motoristas continuam bebendo e dirigindo, mesmo aos fins de semana, quando é intensificada a fiscalização. Neste feriadão de Corpus Christi, novamente a Polícia Federal amentará presença nas rodovias. Só  a PRF paranaense utilizará mais de 2.400 aparelhos de etilômetro. É claro que além dos casos de embriaguez ao volante, s polícia está atenta aos casos de excesso de velocidade e ultrapassagem em locais proibidos, fatores causadores de muitos acidentes graves. Vale lembrar que desde novembro, após mudanças na legislação, os motoristas que se recusam a fazer o teste também cometem uma infração de trânsito e a multa prevista é classificada como gravíssima, custando R$ 2.934,70. Sabe-se que essa mudança de comportamento não acontece de um dia para outro. Alguns serão sensibilizados depois que forem autuados ou após um acidente na família. Por isso, é preciso sensibilizar as novas gerações. Campanhas educacionais que conscientizem crianças e jovens sobre os perigos da combinação álcool e direção devem ser constantes. Nos motoristas do futuro, a conscientização precisa começar cedo. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 15 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

Nenhum comentário:

Postar um comentário