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quinta-feira, 18 de maio de 2017

ADOLESCENTES: VIDAS A SEREM SALVAS


   A estatística é triste. As mortes de 1,2 milhão de adolescentes registradas em todo o mundo em 2015 poderiam ter sido evitadas. Deste total, mais de 115 mil foram vítimas de acidentes de trânsito, uma média de 315 óbitos por dia, sendo esta a principal causa de mortes na faixa etária dos 10 aos 19 anos. Os dados fazem parte de um estudo lançado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em parceria com órgãos mundiais, que aponta ainda motoristas ciclistas e pedestres também nessas idades como os mais atingidos. No Paraná, segundo o Detran, em 2015, os registros indicam 60 vítimas fatais com idades entre 12 e 17 anos, além de 2,4 mil desta faixa etária que ficaram feridos no trânsito. Numa ação preventiva, o órgão vem desenvolvendo campanhas educativas voltadas a esse público por meio das redes sociais e aplicativos de celular. Por considerarem o adolescente uma parcela da população difícil de ser atingida por esse tipo de trabalho, a coordenação de Programas Educativos para o Trânsito do Detran quer conscientizar também os pais. Nesse mesmo ano, 892 condutores que se envolveram em acidentes com vítimas no Estado possuíam menos de 18 anos. Entre s mortes evitáveis o estudo coloca as infecções respiratórias e os casos de suicídio e autoagressão como segunda e terceira causas respectivamente. Mas o número desse tipo de vítimas fatais pode ser ainda maior, como avalia o médico hebiatra Walter Marcondes Filho, devido a casos subnotificados, como os suicídios. Segundo ele, muitos acidentes de trânsito e intoxicações são, na verdade suicídio ou tentativa de suicídio. Além de doenças ou transtornos como a depressão e a bipolaridade que, comprovadamente, levam esses jovens a porem fim em suas vidas, há ainda a ousadia e a sensação de “imunidade ao perigo” comuns nessa idade. Os adolescentes consideram a morte como uma fantasia e arriscam suas vidas sem medo algum, ressalta o médico. Ele também chama a atenção dos pais para estarem mais presentes à vida dos filhos, suas atitudes e comportamentos e sugere o diálogo constante como uma importante ferramenta de prevenção. Não basta ser pai, é preciso cuidar de nossos filhos. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 18 de maio de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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