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segunda-feira, 24 de abril de 2017

UMA SOLUÇÃO PARA O AEROPORTO DE LONDRINA


   O município de Londrina já desapropriou 46 imóveis localizados próximos ao aeroporto Governador José Richa para viabilizar as obras de ampliação e a instalação do tão sonhado aparelho ILS (sistema de pouco por instrumento). A perspectiva é que em breve sejam solucionados alguns casos que foram parar na Justiça. 
   Mas há um caso que preocupa mais: “Trata-se de uma oficina particular de aviões que funciona praticamente dentro do aeroporto desde 1952. O proprietário da oficina não se conforma com a proposta feita pelo município de pagar R$ 430 por metros quadrado de uma área total de pouco mais de 12 mil metros quadrados. É a mesma quantia que paga para desapropriar os imóveis residenciais. 
   O caso é complicado, porque a oficina tem 20 funcionários e atende clientes do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Em primeira instância, a Prefeitura obteve uma liminar autorizando a desocupação da área. Mas o proprietário da oficina conseguiu um efeito suspensivo após recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Além da oficina, o terreno conta com duas casas. 
    Para os donos da oficina o valor justo seria algo em torno de R$ 2.500,00 por metro quadrado. Para a obra de ampliação do aeroporto a prefeitura terá que desapropriar 53 imóveis, sendo que somente em 11 casos houve acordo amigável entre as partes. Foram ajuizadas 43 ações contra proprietário que não aceitaram a proposta e 35 já fizeram acordo. 
   No ano passado, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária se comprometeu junto à Prefeitura a instalar o ILS, categoria 1, no aeroporto José Richa até janeiro de 2019 e ampliar a pista e executar a infraestrutura necessária até janeiro de 2020. Com isso, a expectativa de redução do fechamento do aeroporto por causa do mau tempo é de 60%.
   O equipamento é pleiteado desde a década de 1990 e de lá pra cá pouco se avançou. Por conta disso, é desnecessário falar da importância da Prefeitura e dos donos de terreno entrarem em acordo – mais rápido possível. O Município espera por essa melhoria para conseguir competitividade e melhorar a qualidade do serviço de infraestrutura. (OPINIÃO, página 2,segunda-feira, 24 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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