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terça-feira, 11 de abril de 2017

MUDANÇAS NO MINHA CASA, MINHA VIDA


   As alterações no programa Minha Casa, Minha Vida preocupam cerca de 40 mil famílias de Londrina inscritas na Companhia de Habitação de Londrina e que esperam pela casa própria. As novas regras, definidas pelo Ministério das Cidades, foram publicadas em 24 de março e uma das exigências derruba as esperança de quem aguarda a oportunidade do financiamento. Uma das exigências é que nenhuma obra do programa esteja paralisada no município, seja por motivos relacionados à construtora responsável pela execução do projeto ou devido a ocupações irregulares, como é o caso do Residencial Flores do Campo. O empreendimento possui 1.218 unidades entre casas e apartamentos e deveria ter sido entregue no final de 2015. Mas os imóveis foram ocupados em setembro do ano passado e, mesmo com a Caixa Econômica conseguindo a reintegração de posse, o conjunto continua ocupado. A portaria regulamenta o programa na chamada modalidade FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) que beneficia famílias da faixa 1 com renda mensal de até R$ 1.800. Cerca de 80% dos inscritos na fila da Cohab de Londrina se enquadram nesse perfil. Outro residencial, o Alegro Village, no conjunto Jamile Dequech, está em andamento e os 144 apartamentos devem ser entregues até o final do ano. O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 e se tornou o maior programa habitacional do País nos últimos 30 anos. Ele dinamizou a construção civil brasileira e ajudou a diminuir o déficit habitacional. Mas é também alvo de muitas críticas como a localização dos empreendimentos, muitas vezes em locais afastados e periféricos. A ocupação de imóveis populares em construção acontece com frequência. Pelo menos 3.500 famílias de Londrina vivem em locais irregulares como ocupações e assentamentos. Existem punições rigorosas para quem está na fila de espera pela casa própria e ocupa uma área antes de ser contemplada. Nesse caso, o inscrito perde a preferência para ser beneficiado. Esse critério inibe um pouco as invasões, mas o problema da falta de moradia é grande e de solução complexa, que envolva uma política de habitação social. (OPINIÃO, página 2, terça-feira. 11 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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