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segunda-feira, 3 de abril de 2017

A RETOMADA DA INDÚSTRIA TÊXTIL


   O ano de 2017 está apontando para uma retomada da indústria têxtil paranaense, situação que já está animando os empresários a começar a contratar e a acreditar que em dezembro o setor poderá ter um número de funcionários parecido com o quadro de 2015. A leve retomada da economia interna, a menor importação de produtos chineses e também uma reposição de estoques dos lojistas no varejo têm feito as confecções produzirem mais neste primeiro trimestre, geralmente uma época de menor demanda. São esses fatores que estão influenciando na geração de novos postos de trabalho. Mesmo que pequena, a melhora funciona como uma injeção de ânimo para quem sobreviveu a um 2016 muito difícil. Nos dois últimos anos, segundo o Castro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 13,2 mil trabalhadores da indústria da confecção perderam seus empregos no Paraná – no Brasil forma 128 mil. Em reportagem publicada nesta segunda (3), o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário do Paraná (Sivepar), Alexandre Graciano de Oliveira, lembra que o setor têxtil foi o que mais demitiu no Brasil, segundo ele, até mais que a indústria automotiva. Mas outro levantamento feito pelo Caged no primeiro bimestre de 2017 mostra que foram criadas 12.750 vagas para o setor no País, sendo o Paraná responsável por 1.854 delas. Deste montante no Estado, em Londrina, Cianorte e Maringá são quase 30% dos postos criados. A estratégia dos grandes magazines em diminuir as compras da China e voltar os olhos para a produção nacional vem ajudando. E como em momentos de crise é preciso buscar oportunidades, parece que os empresários estão seguindo esse ensinamento. Como o mercado interno estava difícil, eles começaram a estudar possibilidades foram do país. É uma iniciativa ainda tímida, mas é um caminho que precisa ser trilhado. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 3 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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