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sexta-feira, 7 de abril de 2017

A DECISÃO DO STF E A INSEGURANÇA


   A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que vedou o direito de greve a todos os servidores que atua diretamente na área de segurança pública abre espaço para a discussão sobre as condições de trabalho e qualidade dos serviços oferecidos à população. Entram nesse rol policiais civis, federais, rodoviários federais, integrantes do Corpo de Bombeiros, entre outros. Conforme a decisão, estas carreiras, porém, mantém a prerrogativa de associar-se a sindicatos. O Supremo julgou um recurso apresentado pelo estado de Goiás contra decisão favorável ao Sindicato dos Policiais Civis do Estado, referente a uma paralisação feita em 2012. Em fevereiro, deste ano, paralisação dos policiais militares por 21 dias no Espírito Santo levou o caos às ruas, gerando uma grave crise de segurança naquele estado. Ônibus deixaram de circular, o comércio foi saqueado e as pessoas tinham medo de sair de casa por causa da violência sem controle, com grande número de assassinatos. 
   A primeira análise que se faz é: se a população já se sente insegura com os policiais nas ruas, imagine sem a presença deles? Mas, infelizmente, sabemos que no Brasil essa garantia não é o bastante. O que vemos por todo o País é uma polícia com más condições de trabalho, déficit de pessoal, salário defasados, estrutura sucateada. 
   Com a violência crescente, os policiais muitas vezes têm que escolher a ocorrência de maior gravidade para atender a uma chamada de emergência. A população vive entre o “crime” – cada vez mais- organizado” e as dificuldades enfrentadas pelos órgãos de segurança pública. O governo precisa atentar-se para as demandas dessas categorias – como melhorar as condições de trabalho e de estrutura dos órgãos de segurança - e demais problemas que envolvem o setor. Situação que vem de longa data e deixa a população cada vez mais acuada. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 7 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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